quarta-feira, 30 de abril de 2008

Crise Alimentar

PAM APELA AOS GOVERNOS PARA DAREM "UM PASSO EM FRENTE"

O Programa Alimentar Mundial precisa de mais de 755 milhões de dólares, além dos mais de três biliões previstos para este ano, para cobrir o aumento dos preços dos alimentos. O porta-voz do PAM adiantou à TSF que já foi lançado um apelo aos governos para darem um "passo em frente" para combater a crise alimentar mundial.



Este ano, com o objectivo de cobrir o aumento dos preços dos alimentos, o Programa Alimentar Mundial precisa de mais de 755 milhões de dólares, além dos mais de 3 biliões previstos.

Trata-se de verbas que ajudam a alimentar 73 milhões de pessoas de 78 países.



Ouvido pela TSF, o porta-voz do PAM adiantou que o programa "lançou um apelo aos governos para que dêem um passo em frente e ajudem a pagar os custos extra para comprar os cereais, por forma a alimentar mais populações pobres em todo o mundo, sobretudo em ÁFRICA".

"Nesta altura já recebemos o apoio de muitos países. Atingimos cerca de 62 por cento do total de
755 milhões de dólares que pedimos para poder cobrir as nossas despesas este ano", afirmou.

Martin Penna descreveu ainda uma das situações que, neste momento, preocupam mais os responsáveis:mais de 460 mil crianças no Cambodja podem, desde já, ficar sem ajuda alimentar
na escola por falta de dinheiro do PAM.


Ouvido igualmente pela TSF, o presidente da AMO, Fernando Nobre, que se encontra nesta altura no Afeganistão, relatou a situação que se vive no país, onde o preço da farinha aumentou mais de 100 por cento em pouco mais de uma semana.
Publicado a 29 de Abril 08 às 19:48
TSF
Copyright 2000, 2008 TSF on line/Todos os direitos reservados

E O PRÉMIO VAI PARA.....


Pela blogosfera decorre uma iniciativa com a finalidade de homenagear blogs de amigos que nos visitam ou que nós visitamos e que, de alguma forma, têm pontos em comum connosco.
Desta forma o blog SLETRAS foi nomeado pelo Raul Martins, pessoa muito gentil e amável que possui um espaço muito interessante para tentar mudar no nosso mundo o que está mal "POR UM MUNDO MELHOR" (http://rucamartins-porummundomelhor.blogspot.com/).
Como é um blog muito bom, sim senhora!

De acordo com as seguintes regras:

1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que gostamos e visitamos regularmente, postando
comentários.

2. Ao receber o selo "é um blog muito bom sim senhora"! devemos escrever um poste incluindo:
o nome de quem nos deu o prémio com o respectivo link de acesso+ a tag do prémio + a indi-
calção de outros 7 blogs.
3. A tag do prémio deve ser exibida no blog.

Assim o blog http://bc-beblogspotcom.blogspot.com/, conhecido por SLETRAS, declara que os blogs que visita e comenta, entre outros que comenta e visita lamenta não nomear são:

http://olhaiolíriodocampoblogspot.com/

http://allineedtoleavebehind.blogspot.com/

Porque é um espaço de "Afectos" que também luta "Por Um Mundo Melhor"
Raul Martins

terça-feira, 29 de abril de 2008

Pôr do sol na falésia


Apesar da foto ser do ano passado demonstra
bem o estado em que a descida pela
falésia se encontra neste momento
ou pior pois já passou 1 ano e vai
sempre a piorar
Isto é o acesso para a praia antes do
Verão



Neste fim de semana prolongado na costa alentejana, reparei mais pprmenorizadamente para a falésia, onde tive uma pequena aventura que me podia ter custado cara, devido ao mau estado

em que os acessos à praia se encontram.

Como estou sempre atenta a estas coisas da natureza ao olhar para ela com mais atenção percebi que apesar dos seus maravilhosos tons ocres, onde o pinheiro manso prolifera, e se desenvolve com outras espécies selvagens, que nesta altura da Primavera estão francamente floridas, deparei-me com um contraste embora bonito, mas ao mesmo tempo assustador.

As rochas estão cada vez mais rendilhadas, fazendo-me lembrar uma renda de bilros tecida pelas

mãos habilidosas de mulheres em meios pescatórios, e isso preocupou-me, o areal cada vez se encurta mais, as partes mais juntas à falésia começam a não ter areia, mas sim o próprio desgaste da rocha vai tornando ou fixando aquela terra barrenta e alimentando um pouco os espaços outrora ocupados por areia branca e macia, tornando cada vez mais a praia mais pequena.

Há anos que conseguimos descer na mesma zona para a praia, mas de ano para ano nota-se uma

inclinação cada vez maior e as crateras formadas, tanto pela erosão, como pelas chuvas, e até pelo próprio mar que chega a algumas zonas, vai tornando de ano para ano mais difícil o seu enchimento com areia e terra antes da época balnear.

Consequentemente durante o Inverno as acessibilidades até à praia terão que ser feitas por outras zonas.
Como não me apeteceu no domingo ir dar a volta resolvi tentar descer com a Mariana, é evidente
que não foi nada agradável depois de muitas peripécias, e termos que saltar buracos de 2 metros e mais de diâmetro e
de largura ainda piores do que a imagem acima mostra, lá chegámos a bom porto sãs e salvas,
mas a coisa esteve complicada já não bastava aquela descida complicada ainda levávamos, chapéu de sol, sacos, garrafa de água, livros, enfim, nunca se metam nestas aventuras que podem ser perigosas.
Moral da história, sinto-me desiludida.
Ao longo dos séculos o Homem constrói, mas também destrói.
Viver em equilíbrio e pureza é o maior bem, para nós e para a Terra.
Isabel Cabral

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Por sítios nunca navegados

Calado Mateus

Para todos os meninos, e também para os meus filhos que nunca construíram "um barco de cortiça", mas, seria bom!

Nele iriam navegando até onde a imaginação os levasse, porque só num barco de cortiça, poderiam ir a sítios que só "um barco de cortiça"os poderia levar!!!
Sempre a fantasia e o sonho.....




.....Apanhava conchinhas, búzios, às vezes daquelas Saldanhas miúdas que ali passavam em cardume... _ E, depois: _ Sabes, gosto muito do teu barco!
Aconteceu que, naquele momento, uma gaivota, muito branca, desconhecida do menino, resolveu pousar ali, bem perto dos dois. O pescador apontou para ela e disse:
_ Zèzito, esta é a Altair.
_ Altair?
_ Sim, fui eu que a baptizei. É o nome de uma estrela, sabes ? É que a Altair voa muito alto, por vezes tão alto, tão junto às estrelas, que parece, ela própria, uma estrela também...
_Que lindo, Ti João!
_ Pois a Altair é muito minha amiga. Dorme na janela da minha casa e vem comer à minha mão...
_ E onde é a sua casa? _ interrompeu Zèzito, curioso.
Ti João do Mosteiro apontou para cima e disse:
_É ali, em riba da praia. Hás-de visitá-la e ver muitas coisas bonitas que lá tenho.
_ Coisas bonitas, Ti João? _ perguntou o menino, cujos olhos castanhos de algas rebolaram de curiosidade.
_ Certamente que vou gostar! _ E, em seguida, voltando-se para a gaivota, ensaiou perguntar-lhe: _ E tu, Altar, gostas da ilha?
_Se gosto! _ respondeu a gaivota. E, sabiamente, acrescentou: _ E tu também hás-de gostar, quando a conheceres melhor.
_ E se eu a pudesse ver toda!
_ e porque não Zèzito?
_ Ainda se o meu barco fosse grande e eu pudesse ir dentro dele!...
_ Mas é que podes, se quiseres!
_ Como?! _ perguntou Zèzito, intrigado.
_ É que os meninos têm um condão maravilhoso...
_ Um condão maravilhoso, Altair? Qual?
E a gaivota respondeu simplesmente:
_ Sonhar...
_ Sonhar?! Mas... sonhar não é aquilo muito bonito que a gente vê quando está a dormir?
_ Não só Zèzito. É também aquilo que a gente imagina quando está acordada, imagina que está a viver...
_ Então... será assim como quando eu pensava que vivia nesta ilha há muito tempo e que brincava aqui com os meus amigos, embora só agora a tivesse conhecido?
_ Isso mesmo! _ E, depois de uma pausa: _ E tu não gostarias de ter um barco igualzinho ao teu, mas em grande, de modo a que pudesses caber dentro dele?... Tu, há bocadinho, disseste isso...
O menino olhou para o pescador que assistia, enternecido, a toda esta conversa. Viu-o levantar as sobrancelhas, como que esperando a resposta à pergunta da gaivota. E, vai daí acrescentou, olhando de soslaio, gaiato, para o pescador: _ Mas só se nele coubesse, também, o Ti João...
_ Pois pousa o teu barquito à beira da água, que foi para navegar que tu o fizeste...
_ Aonde?
_ Ali... _ insistiu a gaivota, apontando a margem onde as ondas se espreguiçavam muito devagarinho.
O menino obedeceu, correndo, descalço, na direcção do mar e pousou o barquito à borda da água, olhando-o,
demoradamente, até ficar com a certeza de que as ondas o não levavam...
In "barco de cortiça " - MARIANO CALADO

Obrigada pai por continuar a fazer-me sonhar!!!











quinta-feira, 24 de abril de 2008

Um até já.....simplesmente

Para os meus filhos, para o meu marido, que se viram um pouco privados de mim, por tantas horas no teclado do computador.
Para os meus amigos que leram as minhas histórias verdadeiras durante algum tempo...

O céu alentejano tem muitas estrelas....
Aprendi ao longo destes meses como são importantes os afectos,
que foi sempre o mote do meu blog
desde o princípio,
Fiz amigos, recebi tantas palavras maravilhosas
dei sorrisos, e recebi,
derramei lágrimas, partilhei histórias
histórias verdadeiras!
Partilhei um pouco da minha vida convosco,
ninguém me conhece
mas, a empatia gerou-se desde logo, e isso
foi bom, foi muito bonito!!!
Talvez vá parar por uns tempos, fazer
uma retrospectiva
deste tempo, mas nunca parar de escrever
será no papel,
Hoje parto para o Alentejo, por uns dias,
para a minha casa de madeira,
perto do mar...
Vou ver o meu sol, sonhar, deitar na cama
e ouvir as ondas do mar
Fazer aquilo de que gosto, correr na praia
enterrar os pés na areia
enfim voar...
Gosto de fazer um balanço, por vezes é preciso,
sobre as palavras
Porque eu não vivo sem palavras, assim como,
não vivo sem mar, sem céu
sem afectos, sem sorrisos,
sem flores
"Vou por aí andar, vou por aí procurar,
Rir para não chorar
Se alguém por mim perguntar
Digam que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar"
(uma canção de que me lembrei
dos versos,algures por aí)
Isabel Cabral

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O dia depois de amanhã



E NOS DIAS SEGUINTES, A LUTA POR UM PLANETA MELHOR E MAIS AZUL CONTINUA.....
Não podemos fazer só de um dia, o dia da terra pois haverá sempre o dia depois de amanhã....
As flores precisam de continuar a crescer, as árvores não podem ser queimadas, mas sim cultivadas.
O céu tem que se tornar mais azul, onde as aves possam voar no ar, em liberdade, sem obstáculos.....

O mar tem que se tornar mais azul, onde os peixes possam nadar, sem serem asfixiados pela poluição dos rios, dos mares, dos lagos...


... E, DEIXEM AS NOSSAS CRIANÇAS CRESCER E BRINCAR LIVREMENTE NESSES JARDINS, CHEIOS DE FLORES COLORIDAS SEM MEDO, SEM RESTRIÇÕES....

PORQUE O AMANHÃ É JÁ HOJE.....

Isabel Cabral

terça-feira, 22 de abril de 2008

Dia da Terra

Sem comentários, as imagens dizem tudo

Sabedoria de velho

Ao ler no sábado a portagem do Raul sobre o Holocausto, e a vida de uma mulher chamada Irena
Sendler, de origem polaca que durante a guerra salvou centenas de crianças de morrerem vitimas da Gestapo, fez-me pensar nos mais velhos e na maneira como a sociedade os vê e os trata, recuso-me a chamar-lhes velhinhos porque velhos são os trapos.Quando leio alguma coisa escrita por outra pessoa e fico a pensar, é sinal que a mensagem passou, assim como quando eu escrevo alguma coisa, gosto de tentar passar sempre algo, mesmo que seja algo fictício(o que é raro acontecer porque geralmente tento escrever sobre coisas que se passaram, ou comigo ou com algo que na altura me chamou a atenção.
Ainda neste Natal fomos com o meu pai ao Balela tomar um café, e ao passarmos por alguns sítios fomos bebendo alguns ensinamentos, tanto os filhos, como os netos de coisas que nos passam muitas vezes ao lado e que ele por feitio tenta sempre passar-nos com o seu saber de mais velho.

A imagem "imaginária" que eu tenho, dessas histórias é engraçada, talvez por admirar tanto o mar, é de um velho, com um boné de marinheiro, um grande cachimbo ao canto da boca, rodeado
de crianças, sentadas no chão a ouvirem as suas histórias de encantar, com a sabedoria que só ele tem....
Com as coisas que só ele sabe...
e nos embriaga, e ao fecharmos os olhos vivemos todas essas aventuras verdadeiras, ou não, que
importa...
são simplesmente histórias repletas de grandeza, de emoção de vivências que vão passando de geração em geração através do tempo.
E não me digam que existem pessoas velhas, existem sim, pessoas com mais idade que nos vão
passando testemunhos, que já foram crianças, que já foram jovens e que agora são mais velhos.
A idade é um posto como diriam os meus avós.Ainda bem que Irena vive num asilo rodeada de
flores, talvez as flores que não recebeu na juventude, ou talvez tenha recebido com tudo o que fez. Lembrei-me da minha madrinha (irmã mais velha da minha mãe) que morreu quase aos 90 anos num lar, rodeada de amor, carinho, família, porque também ela viveu para os outros toda a vida.
Espero que todas as pessoas ditas mais velhas consigam viver e morrer com a dignidade que merecem, num asilo, ou não, mas rodeadas de Amor, de Carinho, e perto de um campo de papilas e espigas douradas, para poderem dizer
AGORA SOMOS LIVRES!!!
A MORTE NÃO É O FIM É APENAS UM RECOMEÇO
A estrada continua........

Isabel Cabral

sábado, 19 de abril de 2008

Um barco de cortiça...

Mar de Peniche (as minhas fotografias)

Como o homem seria desgraçado

se não tivesse o dom maravilhoso de imaginar, de fantasiar, de sonhar!

Miguel Torga

Com o devido respeito, ao meu pai, espero que não fique zangado comigo, vou publicar

mais um poema do livro "barco de cortiça"

Ah! meu menino-poeta, meu amigo,

o sonho mais não pede do que amor

e um sonho pede sempre um outro sonho...

Repara como é lindo: à nossa volta

há malmequeres,

há estrelas,

barcos,

velas,

há tanto que brincar nos nossos olhos!

Anda, não fiques triste...

Podemos procurar uma cortiça

e ter um barco como nós quisermos!

Pomos-lhe um leme azul, feito de conhas

e, no mastro, como vela,

as asas de uma gaivota!

Depois, será o longe,

o nosso mar,

aonde iremos, pela luz dos astros,

bebendo na distância,

o mais-sonhar...

Anda, não fiques triste...

Vamos daí, no rumo das estrelas

_ e vamos os dois brincar!

MARIANO CALADO

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Para lá do horizonte...

Hoje passei ao pé da praia e parei,
olhei para a linha do horizonte e percebi
que para lá, havia mais terra, mais mar e pensei
que estaria na altura de seguir.

As lágrimas caíram-me pelo rosto, mas,
a semente foi lançada e está enrraízada.

Há muita terra, espalhei sorrisos
por onde pude,
está na hora de seguir
pela estrada de aguarelas.

Ficam as minhas palavras para
quem as quiser ler.

Vou à procura de mais palavras,
de mais histórias, com um lápis e um papel,
para trás fica o computador
tudo será registado,
talvez, um dia, possa contar
muitas mais histórias de vida,
para quem as quiser ouvir.

Não receio nada,
só a injustiça que paira por esse
mundo fora.

O céu é o mesmo em qualquer lugar,
e à noite quando olharem para ele
e virem uma estrela a piscar,
sou eu que estou a pensar em vocês
e a enviar-vos uma mensagem.

Há mais terra
para cultivar...

As coincidências na minha vida
são constantes, e estranhas,
começo a pensar que não são só coincidências......

Eu acredito que posso sonhar...
Eu acredito que posso voar....
Isabel Cabral
...E quando te tiveres consolado (porque acabamos sempre
por nos consolar),
hás-de sentir-te muito contente
por me teres conhecido.

Hás-de ser sempre meu amigo...
....E os teus amigos hão-de ficar
de boca aberta quando te ouvirem
rir a olhar para o céu....
Saint Exupéry

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Uma festa, de coisas simples...


Há uns dias atrás fui à estante da minha filha à procura de um livro, e deparei-me com dois livros

que de certa forma marcaram a minha infância a nível da literatura: "O meu pé de laranja Lima" e "Rosinha minha Canoa" de José Mauro de Vasconcelos. Estava há dias a falar com os meus botões, naqueles dias que nos encontramos sós, e os botões servem para colmatar o vazio, e pensei nos jovens de hoje (crianças e adolescentes),existem excepções, mas, na generalidade com o acesso que têm a tanta coisa não desfrutam do prazer das coisas simples que a vida lhes oferece, sentem-se insatisfeitos com tudo, preferem a quantidade à qualidade.

Mais uma vez recordei episódios passados da minha infância, por causa desses dois livros que tiveram tanta importância para mim.

Seria no fim de Maio, princípio de Junho a Feira do Livro em Lisboa.

Coisas tão simples, tão banais que nos permitiam tocar o céu de felicidade.

Para nós era um dia muito especial, saíamos à tarde com a nossa mãe, habitualmente deitávamo-nos com o sol ainda a brilhar, mas nesse dia era diferente.Todos os anos o programa se repetia, e era uma festa, íamos ao encontro do pai, percorríamos a Feira de lez a lez e comprávamos os nossos livros, que afagávamos contra o peito como de bebés se tratasse, tal era o prazer, e foi numa dessas idas que adquirimos esses dois belos livros que ainda hoje já velhinhos guardo com carinho.Chegando a casa eram lidos sofregamente à noite no aconchego da caminha, que bem

sabia. Depois da Feira seguia-se o jantar, num restaurante cujo nome já não me recordo, onde se comia frango assado com batatas fritas e esparregado, mas, o melhor viria depois morangos com chantilly com os quais nos lambuzávamos todos! Que delícia, era perfeito!

A felicidade era patente nos nossos rostinhos de crianças, nesses dias especiais, os sorrisos, a excitação.Que rídiculo se os meus filhos lessem uma coisa destas, certamente iriam achar que estou a ficar velha.

Como eu gostava hoje de me sentar com uma criança à beira dum riacho, com os olhos fechados,

e ensiná-la a ouvir a água a correr...

Ouvir o chilrear dos pássaros....

Inalar o perfume das flores...

Correr na praia de mãos dadas, sentir nos pés a areia quente, o barulho do mar...

Deitar-me num campo verde, e sentir o sol a queimar-me a cara...

Percorrer na estrada à noite, olhar o céu e falar com as estrelas...

Seria tudo mais simples se nos preocupássemos com as coisas simples da vida!

E a vida é feita de coisas simples...

De gestos!!!

De momentos!!!
Isabel Cabral

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Uma pequena história de vida...Dilaila

menina timorense
Hoje, ao ler um artigo sobre Timor, vieram-me à cabeça num flashback, imagens da guerra, as montanhas, as crianças a cair em buracos à noite.Imagens que o Mundo não poderá esquecer nunca. Mas ao mesmo tempo, apareceu-me com toda a nitidez a carinha da Dilaila uma menina timorense, de aproximadamente seis anos (na altura),que estava no momento a viver em Portugal com a mãe e uma irmã mais novinha, viviam na "Colónia do Século" em S. Pedro do Estoril, durante algum tempo, como muitos outros refugiados.Devido a obras na escola da minha filha foram removidos para a colónia, provisoriamente(um provisório que durou um ano).Todas as manhãs a Dilaila olhava para mim e sorria, era a forma que ela tinha de comunicar comigo, gerou-se tal empatia entre nós, que nos tornámos boas amigas, de tal forma que ela pedia à mãe para vir para a nossa casa, o que aconteceu algumas vezes. A Dilaila como não estava integrada nas aulas pela barreira da língua, fazia desenhos que me oferecia todos os dias, com um nome no cimo "Para a Isabel"o que me punha completamente de rastos. O mais impressionante naquela criança, que tinha passado por horrores, que tinha estado refugiada nas montanhas, que tinha um pai e cinco irmãos, cujo paradeiro para elas era desconhecido, ainda sorria e fazia desenhos que não eram cinzentos.



Eram desenhos coloridos, com muitas flores, muito sol. Fantástico!

Beijava-me os olhos, os cabelos, as mãos, corria pelo corredor fora, por vezes ainda de pijama

quando lá chegávamos de manhã, para vir para o meu colo. Foi um ano em que ela recebeu Amor, mas ensinou-me muitas coisas simples e bonitas." Dilaila foi uma história de vida na minha vida"

Quando me despedi dela no aeroporto, apertou-me a mão com tanta força que eu própria achei

que não conseguiria deixá-la partir. Não quis chorar, seria pior.



Guardo dela a imagem de uma menina linda, com olhos negros como o céu à noite e que brilhavam

como as estrelas, que sorriam e transmitiam afectos...

Hoje provavelmente com dezasseis ou dezassete anos, quem se lembrará dela?

Uma terra tão distante, do outro lado do mundo.

Onde estará Dilaila?A menina que me ensinou tanta coisa sempre com um sorriso nos lábios

Nunca recebi notícias dela, isso entristece-me. Estará bem?

Onde estará a menina com olhos de estrelas cintilantes, num céu escuro, que nós queremos que seja brilhante de dia, sem guerras, sem fome, mais justo.Igual para todos, pois certamente existem muitas Dilailas por esse mundo fora, que precisam de Amor, mas que também nos podem dar muita coisa e contar muitas histórias.

HISTÓRIAS VERDADEIRAS....

Isabel Cabral

sábado, 12 de abril de 2008

A melhor prenda...palavras

No dia de ontem recebi muitos telefonemas, muitas mensagens, muitos afectos. Mas, embora goste como toda a gente de algumas coisas materiais, as coisas mais simples chamam-me mais a atenção, especialmente as palavras que recebo da família, dos amigos.

A minha filha, bem cedo, quando viu o caminho livre infiltrou-se na minha cama (coisa que ela sempre gostou de fazer desde pequena), dar miminhos e receber como eu também gosto da parte deles.Trazia na mão uma folha de papel branco, daquelas que são nossas cúmplices quando queremos dizer alguma coisa que é melhor pôr no papel.Dez-me lembrar a menina pequenina dos tempos de escola.

Quando vinha da escola com uma prendinha feita por ela para uma ocasião especial, muito escondidinha na mochila a pedido da professora e com todas as recomendações, todos os anos a cena repetia-se.

-mãe, podes abrir, não faz mal, é segredo, mas não faz mal

ao que eu respondia:

-Meu amor, a mãe abre amanhã, não foi o que a professora te disse?

-foi, mas é surpresa na mesma porque tu não sabes o que é, podes ver não faz mal, a professora não se importa.

Depois de muitas investidas, lá conseguia convencê-la a abrir no dia certo, o que acabava por acontecer.

Hoje com 17 anos parecia a menina de escola, de antigamente, como sou pessoa de sorriso fácil, mas também de lágrima fácil lá li, e comovi-me (o costume). E como achei umas palavras tão doces e uma mensagem que me quis passar, pedi-lhe para pôr aqui, as coisas bonitas não se escondem.




A MENSAGEM DA MARIANA



PARABÉNS MÃE - VIVE



Desculpa por não te ter dado uma prenda, que mereces...e muito!



Mas ainda não tive oportunidade de a comprar. Mas também isso não é o mais importante. O mais importante és tu, e este dia especial, o dia em que nasceste. Espero que o passes da melhor forma possível.



Sê apenas, o que és e fala com alma e coração pois é tudo o que nós temos.

SENTE


Fazê aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes.


SORRI



Só te digo para continuares a sonhar e a voar com as "tuas gaivotas no céu azul"...



SÊ FELIZ



"A vida não é feita de grandes sacrifícios e deveres,

mas de pequenas coisas; entre as quais o sorriso

e a gentileza que habitualmente dispensamos são o que ganha e preserva a afeição"

que esse teu sorriso acorde em muitas manhãs-)

adoro-te muito! AMA - RI - CHORA

beijos de alguém que te amará para toda a eternidade-p: da tua filha



MARIANA



A MINHA MENSAGEM



"Hoje ouvi uma frase bonita "O português ainda conjuga o verbo SER mais do que o verbo TER"



Ninguém pode dar um sorriso aos outros, se não der um sorriso a si próprio...

Ninguém pode amar, se não gostar de si próprio....

Ninguém pode viver com os outros e para os outros se não viver bem consigo próprio....

Isabel Cabral

VIVE - SORRI- AMA - SÊ - FELIZ

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Veja meu Slide Show!

No dia que cheguei ao mundo...

Para os meus pais que neste dia, me mostraram o mundo pela primeira vez!
Um planeta que eu não conhecia, e que ainda hoje, vou conhecendo um pouco todos os dias.
Para eles, e para as pessoas que comigo partilham a estrada desta vida....
Comigo percorrem o caminho, e comigo vão pintando este quadro com cores coloridas...
Até ao fim da estrada...
Isabel Cabral
No dia em que eu nasci....

VERSOS PARA MINHA FILHA

Nasceste, minha filha, a meio da tarde,
-ainda o sol bailava nos espaços-
e a luz que no céu puro brilha e arde
bailou réstias de vida nos teus braços!

Se visses com que Amor eras olhada
nos teus gestos pequeninos, nos traços, nos teus modos,
ah! minha querida filha bem amada,
verias a ventura de nós todos!

Nasceste, Amor! E agora, como os mais,
tens um caminho a percorrer,
que terás de galgar e de vencer!

...E se algum dia o alento te faltar,
tem a certeza, Amor, que hás-de encontrar

Um grande Amor nos braços dos teus pais!
Mariano Calado

Um obrigada aos meus pais por eu ser quem sou, e para todos
aqueles que ao meu lado vão caminhando...... OS MEUS SORRISOS DE CRIANÇA

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Parabéns


Pipinha hoje ofereço-te esta flor

está carregada de afectos, de sorrisos e de gestos simples para uma amiga.

O dia hoje é teu!
Vive-o o melhor que puderes
Parabéns

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Dia Mundial do beijo

Como hoje é o Dia Mundial do beijo
Para quem passar por aqui, um beijo para todos vós!
Um beijo muito especial para os" AMIGOS"

Deixo-vos com este beijo maravilhoso entre duas crianças
Dos beijos mais lindos do Mundo!

-O Significado
-A Fraternidade
-A Pureza
-A Inocência


Deliciem-se, mas não chorem, pois é comovente...

E façam o favor distribuam muitos beijos hoje!!!! (Todos os dias)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Olha Gonçalo...para ti uma flor!

Olhei para os teus olhos grandes profundos, lindos que irradiam bondade(apesar da impulsividade, às vezes), e achei-os tristes. Mas, ao olhar para eles vejo-te por dentro, são daqueles olhos que mostram tudo, mas nem toda a gente consegue ver, nem toda a gente consegue ler.
O que uns olhos podem dizer, o que um simples olhar tem para contar...
O que um simples olhar pode encerrar...
E se os teus olhos falassem, quanto amor para dar, se não fosse assim,onde estariam os amigos, e tu , tens tantos.
Será só pelos teus olhos ou será também pelas tuas mãos, pelo teu coração...
Eu consigo ler...
Sempre...
Isabel Cabral

"É como uma flor. Quando se ama uma flor que está plantada numa estrela, é bom olhar para o céu à noite.

É que todas as estrelas ficam floridas."

Saint Exupéry

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Nau dos Corvos

Nau dos Corvos
Hoje o dia nasceu triste, escuro. A chuva caía torrencialmente e as gotas batiam nas janelas com força, para além disso também a trovoada chegou, nestes dias acho que a natureza reclama de algo e com razão. Provavelmente da forma como é tratada. Hoje sinto-me com preguiça e não é coisa minha, mas não vou escrever muito, de manhã, pensei no meu pai e como me apetecia estar ao pé dele, tomarmos um cafézinho, conversarmos, mas especialmente...Dar-lhe um beijo, e desejar-lhe um bom dia. E como hoje é o dia Mundial da Saúde e ele ultimamente passou por alguns problemas, pensei mais nele certamente e resolvi transcrever um poema de um livro dele porque é uma forma de estar mais perto.


Para ti Isabela com carinho
Saboreia
Ouve a música das ondas a bater nas rochas
De um mar que também é um bocadinho teu

Nau dos Corvos

Nau dos Corvos,

Monólito de sonho e de segredo

em cujas veias pétreas, escavadas,

giram serpentes de esperança e medo,

barco aproado ao cabo do destino,

cabo do mundo, ocidental instante,

porto ancestral de chegada e de partida,

dedo do mundo bem apontado ao mundo,

corda de violino,

Vitória Samotrácia

altivamente, aqui, redescoberta,

fronteira-adamastor do vento norte

que os sentidos telúricos liberta,

almofada de pedra e de lonjura

em cujos sulcos priscos, feitos pique,

as ondas, como bilros de esmeralda,

tecem, de espuma, rendas de loucura,

pedestal de palavras e de silêncio

guitarra de tanger a insónia apetecida,

sereia fascinante sedução

de horizontes violáceos de ternura,

convés de névoa, anúncio de guarida,

farol da travessia,

madrigal de aventura e fantasia,

fantástica presença libertada

onde o sonho se grava em carta de alforria,

ânfora anil de líquidas estrelas,

aluvião de real e imaginário,

marítima floresta de volúpia,

de assombros e coragem

santuário.

Ah, minha Nau dos Corvos,

minha mãe, minha irmã, e minha noiva,

minha cúmplice de medos e orfandades,

minha serenidade e confidente,

meu sal de liturgia,

sarça ardente,

minha raiz de pedra e de maresia,

minha música antiga e fantasia,

meu pássaro de fogo, meu poema,

minha urze, meu trevo e alecrim,

minha camarinheira e alfazema:

envolve-me de azul e de segredos,

dos teus corvos-gaivotas, revoada

de escultores e poetas, de bruxedos,

veste-me as finas rendas rendilhadas

que teces com o bailado dos teus dedos

na almofada

toda safira-esmeralda

dos teus cantos,

no exorcizar milagre dos quebrantos,

dá-me a beber teu seio de alvoradas

no grito das nortadas

e deixa embebedar-me nos teus voos libertos,

altivos despertos, ioda-me os ossos, tesa minha carne

da secular coragem do teu querer,

feito, do continente o ousado gurupés,

todo força, todo sonho, todo esperança,

e deixa que eu me sonhe

a força,

o sonho, a esperança

a esperança

que tu és!

Raízes de Maresia de Mariano Calado

Como os genes são importantes meu pai!

De uma filha cheia de afectos e de mar também

domingo, 6 de abril de 2008

Hoje, é para um amigo

Raul desculpe, isto não é uma troca de galhardetes, é só uma troca de palavras, com tantos elogios, hoje é
para si, o meu muito obrigada por estar sempre presente e ler as minhas palavras.

Ninguém escapa ao sonho de voar...
Mas saber ver em cada coisa, em cada pessoa, aquele algo que a define como especial, um objecto singular, um amigo.
-é fundamental

Richard Bach

Para aqueles que conseguem

chorar...

Para aqueles que conseguem

sorrir...

Para aqueles que conseguem

voar...

Para aqueles que conseguem

amar....

Hoje acordei,

E dei comigo

a pensar...

Como eu queria

voar...

Nas asas do vento,

Para lá do horizonte

Entre o céu,

e o mar...

Falar com as gaivotas,

Com elas poder,

brincar...

E também aprender,

a falar...

Cair sobre as águas,

e flutuar...

Beber aquele sal,

E na areia, os pés

enterrar...

Com elas, também no ar

Cantar e bailar,

Por aí, sempre

a pairar...

Para mundos distantes,

Onde, só se pudesse amar

E ir a lugares

Que, eu sei que,

não vou,

Mas!!!

Ai, se eu pudesse

VOAR...

Isabel Cabral

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O céu é o limite

Olá Constança!
A tia ficou muito contente com as tuas palavrinhas, embora não tenhas conseguido comentar o blog, tentaste e isso é o mais importante.São catorze aninhos de maturidade que já se vão notando. Existem muitas coisas que nós por vezes não conseguimos alcançar na vida, ou pensamos que não conseguimos, mas com luta força e perseverança chegamos lá. Ao longo da estrada da vida encontramos muitas pedras, umas são grandes, outras mais pequeninas, mas existem também muitas flores coloridas com perfumes que nos embriagam, muito céu com muitas estrelas cadentes, muito mar, muitas mãos amigas que nos ajudam em momentos menos bons.
E aqueles sorrisos dos quais a tia tanto fala.


Felizmente tu consegues e podes sorrir.

Isto é para ti e para todos os meninos que nunca sorriram

Porque nunca puderam ser crianças...!!!

Isabel Cabral

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O Sorriso voltou

http://www.geota.pt/

Hoje o dia nasceu cheio de Sol, e para além do Sol alguém me encheu mais de Sol. Percebi que ainda existem pessoas que pensam nos outros, e assim poderemos construir a" Cidade dos Afectos" quem sabe um dia !!!



O Sorriso ao voltar para a escola depois das férias apercebeu-se que a" Cidade dos Afectos", estava cada vez mais cheia de lixo, e isso preocupou-o, e percebeu que teria que fazer alguma coisa pela sua cidade, viver no meio de tanta porcaria era difícil e estava a tornar-se insustentável.

Esgotos a céu aberto, carros a deitarem gases tóxicos, o céu estava cada vez mais turvo, e até existem sítios no nosso planeta em que as pessoas até têem que usar máscaras. Ao chegar a casa

tocou no assunto com a mãe que concordou com ele, e que poderiam começar por reciclar o lixo o

que ainda não faziam, para aproveitarem os desperdícios que existiam. Separar os vidros e pôr no ecoponto verde, os cartões e papéis no ecoponto azul, os plásticos no ecoponto amarelo . Queria um mundo onde os peixes não morressem nos rios e nos lagos.

Um mundo onde todos os Sorrisos pudessem repirar sem medo de ficarem contaminados.

Assim o Sorriso estaria a contribuir para um mundo mais límpido, onde se pudesse viver melhor.

Onde o céu fosse mais azul, onde as árvores fossem mais verdes, um mundo onde as crianças pudessem crescer livremente.

Um mundo onde os Sorrisos pudessem brincar em segurança...

Um mundo onde os Sorrisos pudessem viver em liberdade....

Isabel Cabral