quarta-feira, 31 de outubro de 2012

VIDA _ O LIVRO DE TODOS NÓS

Provavelmente a nenhum de nós ocorreu, ou pensou que todos somos um livro_________ talvez um livro por "publicar".

Nascemos de duas histórias que se encontraram numa estante qualquer,cada um com uma história guardada, e escrita, cumprimentaram-se, trocaram olhares, e  entre os dois o amor aconteceu, aconteceu magia e surgiu um romance entre eles.
Quiseram juntos escrever mais uma história, que ao fim de algum tempo nasceu branca, sem letras, sem palavras, sem história ainda por escrever, o tempo foi passando e mais histórias nasceram e eram histórias lindas, e as páginas começaram a ser preenchidas, ilustradas, umas a cores, outras a preto e branco, uns dias com sorrisos, outros com lágrimas, mas os capítulos seguiam o seu rumo, caminhavam, voavam, umas mais breves, outras mais longas, conforme tinham sido traçadas nas estrelas, ou conforme os dedos que as escreviam.

Nós escrevemos a nossa própria história todos os dias, somos nós que escrevemos o livro, e ele será tão mágico quanto o empenho que nós depositamos nele, e o tempo que lhe dedicamos, a nós e aos outros livros que fazem parte da nossa estante.


_ Sim porque todos nós somos escritores do nosso próprio livro, da nossa própria história.

Esta história é a nossa "VIDA"
E, o meu livro continua a ser escrito, em capítulos, com as mesmas personagens.
Escrevam os vossos livros, da melhor maneira, sem mágoas, com magia, com sonhos à mistura, e verão__________ o Amor acontece e o livro terá um Final Feliz.
Este pequeno texto não é mais que uma reflexão simples da vida, da vida de todos nós.



Isabel Cabral



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ESTROFE

Epigrama

Nuno Júdice

Abro-te a porta do poema; e tu
espreitas para dentro da estrofe, onde
um espelho te espera.


E NUM DESAFIO SENTI-ME TENTADA A ENTRAR
 
A porta do poema estava aberta
olhei em redor
queria entrar na estrofe
mas algo me puxava para trás
de facto o espelho
estava mesmo ali
como se estivesse
à minha espera.

Tive medo,
senti-me insegura
não queria ver
o que estava para lá daquela porta
de pedra fria.

Não entendia nada,
era uma imagem turva
onde os sentimentos se confundiam
entre músicas e palavras breves,
porque o meu espelho
era como a água do mar
refletia serenidade
beleza,
e eu não sabia
se aquele que estava
diante de mim
para lá daquela porta fria
me mostraria
o que eu tinha medo de ver!!!

Isabel Cabral

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

NOSTALGIA OUTONAL

 
Dias que se preenchem no silêncio das palavras entre sorrisos e lágrimas dos dias que custam a passar.
 
Através da janela fechada foscamente embaciada observo ao longe o mar e chega-me o cheiro de um mar distante, a sirene do farol em dia de nevoeiro, mar que me perturba, que me faz bailar entre espumas e brancos rendilhados, lençois de linho lavados, cheirosos, perfumados pelos corpos dourados do sol nascente de outras estações, numa vontade desenfreada de vida.
Agora bailam folhas que me escorregam debaixo dos pés mais calçados, pesados, que outrora leves como o fui, um dia bailarina, e nas sapatilhas cor-de-rosa, era ave que voava por entre sonhos, bailados de voos longínquos, gaivotas que partem sem destino, e as árvores despidas de nada, tapetes ficam deitadas onde queria descalça molhar os pés e sentir a água virgem que cai num balancé.
Mas neste ciclo que não pára e roda e roda numa despedida dolorosa até que de novo o Sol desponte outra vez no horizonte em rasgos de vida,  então voltarei a viver numa poesia mais ardente entre outros sorrisos.
 
Isabel Cabral

 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

PARA TI

Na leveza do ser
encostei meu corpo
frágil ao teu
nossas mãos se uniram
suavemente
como um doce pefume
na vontade
de nos termos,
mas na pele
na simplicidade do
olhar
de amar,
um do outro,
isso só bastava,
e no silêncio da noite
gelada
sem mais nada,
assim nos amámos,
e chegou!
Isabel Cabral