segunda-feira, 30 de junho de 2008

Sorriso e o peixe azul

O Sorriso foi ao mar e viu o "peixe azul," ele brilhava de tantas escamas que o envolviam e o Sorriso, perguntou-lhe:
_ Porque és assim peixe azul?
_Não sei, sempre fui assim, no meio deste mar maravilhoso, o meu corpo é o reflexo deste mar, não vês quando o sol bate no mar, este transforma-se e parece madre-pérola, com cores que não
vês em nenhum lado de tão belas que são, não as podes definir e ao acontecer isso transmitem essas mesmas cores para todo o lado, como se fosse um eco silencioso.
Nós peixes somos o reflexo do mar, e por sua vez o mar é reflexo do brilho do sol:
_Gostava de ser como tu," peixe azul", ter todas essa cores, agora entendo porque é que as sereias também brilham como tu, são também reflexo deste mesmo mar e dançam ao sabor da corrente, com uma harmonia e uma musicalidade únicas.
_Mas tu brilhas, Sorriso!
_E o Sorriso admirado disse:
_Eu brilho?
_Como?
_Existem muitas formas de brilharmos Sorriso, e tu podes não brilhar por fora, mas o teu sorriso
irradia, e é tão grande, como o sorriso do próprio sol, e quando sorris para os outros, já brilhas, e
as tuas cores estão dentro de ti, e vêm-se porque elas saem espontaneamente.
Nunca te esqueças que cada um de nós brilha à sua maneira:
_Achas?
_Não acho, tenho a certeza, o teu brilho ilumina o planeta porque tu sabes sorrir para os outros,
e com esse sorriso levas felicidade a muita gente, que também vai sorrir, para outro e outro....e outro, até que um dia todos possam sorrir sem medo, sem falsidade.
Sorrir...Sorrir...Sempre a sorrir, e ao sorrires tornaste igual a mim irradias cor por todo o lado por onde passas e as tuas cores não são só azuis mas de todas a cores, são as cores que cada um quiser que sejam. SEMPRE!!!!!
Isabel Cabral

domingo, 29 de junho de 2008


Presente oferecido pela 1/4 de fada

sábado, 28 de junho de 2008

Cidade Nua


O dia se fez noite,
e no escuro, e indiscutível labirinto,
daquela enorme cidade,
tão longe, e tão perto.
Também, como os outros me recolhi.
Como todos também fugi.

Onde está toda a gente?
com que me cruzo,
todos os dias.
Um olhar desviado.
Um olhar medroso.
Ninguém se fala.
Ninguém se vê.

Todos se transportam,
para todo o lado,
numa solidão cinzenta,
em que os olhos parecem
nada ver, nada, nada.
Onde está aquele sorriso,
de que todos precisamos,
de beber, para sobreviver,
Onde está aquela mão,
que nos toca o coração.
Mas que egoistamente
tarda em aparecer.

Isabel Cabral
Novembro 2006

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Don't give up





Este vídeo é um apelo à luta!

À luta, à não desistência!

Às diferentes lutas do dia à dia!

Não desistamos de seguir!

É para todos nós, que um dia pensámos desistir!
Quantas vezes nos apeteceu baixar as mãos!

Não desistas, és amado (a)!

Tudo em nós acaba por ser reconhecido!

Oiçam a música, e a sua força!

"Don't give up"!

You are loved!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Flor Pisada

A flor caiu, como um sorriso gasto,
no chão que se pisava.
E onde era luz e vida
(perfume, sorriso, cor,
talvez brinquedo-menino
de menino sem brinquedos),
era apenas triste sombra,
negra e triste, enegrecida.

E não, ninguém deu por isso

ninguém mesmo reparou
que, no chão que se pisava,
no negro da triste sombra,
caíra, triste, uma flor
(perfume, sorriso, cor,
talvez brinquedo-menino
de menino sem brinquedos).

Ninguém deu porque no chão
caíra, triste, uma flor,
-uma flor que alguém pisou.
Apenas um poeta reparou.
MC

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mulher


Mulher é sol nascente


Mulher é sorriso


Mulher é um ser


Sofrido


Mulher é mãe


Ou não


Mas mulher


É sempre mulher


Mulher é paixão


Mulher é coração


Mulher dá a mão


Mulher é amor


Mulher é grito


Mulher é terra


Mulher é semente


Mulher é ventre


Mulher é dor


Mulher é gemido


Mulher é flor


Mulher é cheiro


De alfazema, lilás e jasmim


Num jardim florido


Mulher é vida


Entrelaçada noutras vidas!!!



Isabel Cabral

terça-feira, 24 de junho de 2008

Sem palavras




segunda-feira, 23 de junho de 2008

Casa de Madeira

Numa casa de madeira

Construída com lareira

Para aquecer em dias de frio

Para adormecer

ao som

De uma canção

De uma canção

tocada na perfeição

Num tom

bem baixinho

Quase em surdina

Dita ao ouvido

Um som de embalar

Com o qual se pode amar

Bem pertinho

Do mar

Uma praia

Tudo em volta

Nos abraça

Num mesmo som

Num mesmo tom

Uma árvore

O mar

O céu

A terra

Uma viola

E apenas uma canção

Apenas uma canção

Cantada em surdina

Isabel Cabral

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Bom Fim de Semana


Eu vou para a areia e para o mar vocês fiquem com ela, a minha oferta de Fim de Semana

Deliciem-se com os desenhos.

Levo-os comigo.

A minha reportagem

Outros virão

Mas 2008 NÃO

Nem esta selecção

E Portugal chora

Com uma bandeira na mão

Colada ao coração

de vinte e três

Tornaram-se milhões

E o verde e o vermelho

Tornaram-se cores presentes

Pintaram Portugal

Juntos rimos, juntos chorámos

Foram horas de alegria

Que em poucos minutos

Se tornaram desilusão

Mas somos portugueses

E Portugal continua

O seu fado

No nosso coração

Continuamos a ser uma Nação

Isabel Cabral

Pensei muito antes de escrever isto, mas Portugal, Portugal também é isto, faz parte de nós.

Deixámos todos os problemas um pouco de parte e fomos ver a Nossa Selecção.

PERDEMOS MAS A VIDA CONTINUA, E ISSO É QUE TEMOS QUE PERCEBER EXISTEM

COISAS IMPORTANTES À NOSSA ESPERA.

HOJE JÁ É OUTRO DIA, O ONTEM FICOU PARA TRÁS

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Palavra




Palavra que tudo encerras

Palavra que és vazia

És somente uma palavra

Donde te vem tudo isso

Força, fraqueza

És somente uma palavra

Amor e ódio

Amigo e inimigo

És somente uma palavra

És palavra na caneta do poeta

És palavra na boca do cantor

És somente uma palavra

Constróis e destróis

Crias heróis e os derrotas

És somente uma palavra

Limpa e suja

Sublime e mesquinha

És somemte uma palavra

Choras e ris

Transmites sentimentos

Uns fortes, outros não
És somente uma palavra

Os teus amigos, são palavras

Iguais a ti

Que dançam e brincam

A teu lado

És somente uma palavra

Na boca da criança te constróis

Na do adolescente te revoltas

Na do velho vais sumindo

És somente uma palavra

Connosco nasces, vives e morres

Até ao último suspiro

És somente uma palavra

Donde te vem tanta força

És somente uma palavra

Isabel Cabral

terça-feira, 17 de junho de 2008

Dead Poet's Society - Carpe Diem

E Karl Popper da postagem do Raul fez-me lembrar algo, um filme que eu vejo as vezes que fôr preciso, porque foi um dos filmes que mais me marcaram.
Assim é bom aprender!!!
Sem tédio, com gosto.
Também se pode Amar o SABER!!!

Dead Poets Society - the end

domingo, 15 de junho de 2008

Carta para a Bé



Apesar de ser uma carta particular, vou transcrevê-la, com a devida autorização do meu pai, porque ela de facto veio para mim, mas também veio para vocês.

Querida
A teu conselho e ainda que eterno ignorante nestas coisas da Internet, lá consegui "espreitar" o blog "Revisitar a Educação"de Fátima André. E se há coisas que são lindas (sabes: cada vez gosto mais da palavra linda) são as palavras dos amigos (e que bom é ter amigos, !), mesmo daqueles que porventura não temos o prazer de conhecer pessoalmente. E que "baboso" fiquei por Renard te ter chamado belíssima, sensibilizado por Raul Martins me ter tratado por avô, poeta, e amigo, vaidoso por Teresa ter dito que gostara dos meus versos, Maria do Carmo Cruz (que gentil avó Pirueta!), por dizer que, pelos meus versos, já me conhece e, por fim Fátima André pela gentileza tão bonita e inesperada que me proporcionou juntando a um poema tão rico como as "Palavras Soltas" estes cinco e tão simples comentários a propósito dos meus 80 anos. Mas também pelas 80 armérias que se não vêm mas que estão lá por detrás..
Bem gostaria que tivessem sido 20!. Mas, se assim fosse, sabes perfeitamente como eu seria pobre, por te não ter a ti, nem aos teus irmãos, nem aos meus netos! Nem também a estes amigos que agora me deste!
Querida filha: embora me pareça que estás a abusar um bocadinho ocupando o teu blog com a publicação dos poemas tão simples do pai ( e, a propósito, que surpresa agradável que têm sido para mim as tuas poesias!), retribui, por mim, aos teus amigos, a gentileza dos parabéns que me enviaram e as palavras lindas que me dirigiram e que, com a pobreza das minhas palavras, lhes desejo, também, as maiores felicidades.
Um beijinho do pai

Vão- me perdoar, a carta veio de facto dirigida a mim, mas não só, quero partilhá-la convosco
pois o agradecimento é para vós, simplesmente para vós.
Quero só fazer um agradecimento pessoal, embora o faça todos os dias pelo pai maravilhoso que
tenho e por poder partilhar com ele a minha vida.

OBRIGADA PAI

sábado, 14 de junho de 2008

Nem tudo começa com um beijo



Gelatina também sabe que o seu segredo é uma flor de estufa que só sobrevive no mundo da mentira. Que o remorso cresce a cada dia, porque não o pode partilhar com os amigos. Por isso, resolveu encará-lo de frente. Sacou do lápis, estendeu a folha branca, pesou cada palavra,evitou os adjectivos. Foi assim que passou o segredo a limpo.


Gelatina tinha os braços dormentes quando acabou de escrever a sua confissão.Colocou um ponto final_ é o que sempre acontece com tudo o que é importante e definitivo_mas, pensando melhor, podia ter utilizado as reticências. Feitas as contas não tinha apenas um, mas muitos segredos no armário. Sentiu-se exausto.


Gelatina dobrou a folha em quatro e, com todo o carinho, meteu-a num envelope. No cabeçalho escreveu "Fio Maravilha, meu irmão"com a sua caligrafia suave mas firme. Assim que o colocou no velho baú, mergulhou num sono leve. Tinha acabado de tirar um enorme peso da alma.

Excerto do livro "Nem tudo começa com um beijo" de Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira

Dick e Rickie

O TRIATLO DA VIDA!

A FORÇA DE UM PAI QUE NÃO SE RENDE!

UM PAI QUE LUTA AO LADO DO SEU FILHO!

NADA É IMPOSSÍVEL!

SÓ UMA PALARA AQUI FAZ SENTIDO "AMOR"!!!!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Cabo Não




Soltam-se as velas,
dos abraços longos.
O leme vai no rumo das estrelas
no lúcido rumar da descoberta
e a gente sabe que, em sonho,
só de vê-las,
mesmo antes de dobrar o cabo Não,
o que apetece
e tece
é agarrá-las na mão.

MC - "A Fuga do Silêncio"

Sentimentos



Como se misturam,
o querer ficar
o querer ir.
Tudo se baralha,
é um misto, de querer
e não querer.
De ir, e de ficar.
Tudo me prende,
mas, o querer libertar
é mais forte
do que eu.
São coisas simples.
Pessoas que se cruzam,
que nos marcam,
e nesse marcar,
deixam um rasto,
gostoso, duradouro
que nos faz bem,
que nos faz sentir
importantes.
São momentos.
São instantes.
Mas desses momentos,
desses instantes,
Faz-se Vida!!!

Isabel Cabral - Novembro 2005

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Nota breve


Contornaram a terra, navegaram para Sul, e ao cair de uma tarde, penetraram sob o arco das gaivotas, na barra estreita de um rio esverdeado e turvo, flutuante de imagens entre as margens

cavadas. À esquerda, subindo a vertente, erguia-se o casario branco, amarelo e vermelho, misturado com os escuros granitos.

Na luz vermelha do poente a cidade parecia carregada de memórias, insondavelmente antiga,

feérica e magnetizada, com todos os vidros das suas janelas cintilando. A animava-a uma veemência indistinta que aqui e além aflorava em ecos, rumores, perpassar de vultos, gritos longínquos e perdidos, reflexo de luzes sobre o rio.
Sophia de Mello - Histórias da Terra e do Mar

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Principezinho


Os meninos que me perdoem por dedicar este

livro a uma pessoa grande.

Mas tenho uma desculpa de peso:

essa pessoa grande é capaz de perceber tudo,

mesmo os livros para crianças.

E tenho outra desculpa, a terceira: essa pessoa

grande mora em França e em França passa fome

e passa frio. Bem precisa de ser consolada.

Mas se todas estas desculpas não chegarem, então,

gostava de dedicar este livro à criança que essa

pessoa grande já foi.

Porque todas as pessoas grandes já foram

crianças.

(Há é poucas que se lembrem disso).

Portanto, a minha dedicatória vai passar

a ser assim:

Para Léon Werth

quando ele era pequeno

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Sorriso vai à lua

Imagem google

E o Sorriso viajou,
Foi até à lua,
num foguetão,
que era azul,
Para lá voou.
Ainda era dia,
empurrado
pelo vento sul.
Não disse não,
a tal desejo guardado
já há tanto no seu coração.

Sonhava acordado
por todo o lado,
estava sozinho,
poderia encontrar companhia
que o protegesse,
de noite e de dia,

Quando lá chegou,
a lua o beijou,
com seus cabelos desgrenhados,
ele falou,
sentiu um frio,
um arrepio,
percorrer-lhe todo o corpo,
correu e saltou,
de cá, para lá,
de lá para cá.
Sentia-se leve.

E pensou,
no seu planeta azul,
e no mar, com o vento,
vindo de sul,
o frio, e o medo,
assustaram-no.
Estava tão longe, tão alto.
De companhia,
só as estrelas,
e uma mais simpática,
com ele sorria,
noite e dia,
mas também nada
de especial lhe dizia.

Pensou então em voltar,
e gritou, gritou,
mas ninguém o ouvia.
Era preciso acordar.
Aquilo, não era vida,
para ele
Queria partir de novo,
precisava de algum carinho.
Abrir os olhos,
que estavam fechados,
e levantar,
de um sonho,
que na realidade
nunca existira!!!
Isabel Cabral
O" SORRISO" para quem não sabe, foi uma personagem criada por mim ,que já tem por aí alguns episódios e terá mais certamente!!!!




quarta-feira, 4 de junho de 2008

Dia Mundial do Ambiente

O FUTURO ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS!
Os contrastes são arrepiantes!
Queremos árvores plantadas!
Queremos o sol a brilhar!
Queremos que o nosso planeta continue azul!
Queremos que o nosso planeta continue verde!




terça-feira, 3 de junho de 2008

É Urgente

Nas armérias lilazes
(ou saudades que são, na voz do povo),
eu sonho e canto
todas as flores do mundo
e as crianças que choram
sem brinquedos
e os que amam
sabendo que não podem ser amados
e os que vivem sem casa
onde abrigar os medos
e o direito de estar.

É preciso é urgente,
que as armérias-saudades
continuem felizes e lilazes,
e que não haja crianças sem brinquedos,
e que não chorem velhos sem abrigo,
deitados em misérias indiscretas,
e que o sonho não morra
ou enlouqueça
nos olhos dos poetas.

Mariano Calado
in "A Fuga do Silêncio"

Nota: As armérias da imagem são do guincho

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Uma gota

GOTA DE ÁGUA



LÁGRIMA


Uma lágrima caiu,

qual gota de água,

que enche o oceano.

Uma gota de orvalho,

da planta escorregou,

gota salgada,

dos meus olhos escorreu,

e eu quis ser água,

e eu quis ser gota,

e eu quis ser lágrima

e dissolver-me no oceano.

e ser espuma,

e ser mar...!
isabel cabral

domingo, 1 de junho de 2008

Dia Mundial da Criança

AS PALAVRAS HOJE SÃO VOSSAS!