terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO

QUE ESTA IMAGEM TÃO BELA FEITA DE CORPOS, NA QUAL SE VISLUMBRA UMA LINDA FLOR, SIMBOLIZE A UNIÃO ENTRE TODOS OS HOMENS NESTE ANO QUE ESTÁ A CHEGAR. AS PESSOAS EM COMUNHÃO COM A NATUREZA!!!

FELIZ 2011

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

MOÇAMBIQUE

Seguiu hoje para Moçambique mais um carregamento de medicamentos para as crianças, e com eles seguiram NUM CERTIFICADO, os nomes de algumas pessoas, da qual tenho o orgulho de me incluir graças ao trabalho incansável e perseverante da Licas após termos escrito uns contos de Natal do qual me congratulo muito de ter participado, este foi o presente que a Licas nos ofereceu.
Obrigada Licas.

"O NOSSO SORRISO PODE CHEGAR LONGE, BASTA QUERERMOS"

sábado, 4 de dezembro de 2010

Uma prenda de Natal


Era uma vez, num Natal já lá vão muitos anos, uma história verídica, de uma menina que todos os dias ao ir para o colégio passava por uma loja onde se vendiam as coisas mais variadas.
Durante o ano era uma papelaria, recheada de todos os materiais, que nos faziam parar, lápis de cor que dançavam nas caixas coloridas, cheios de vida, papéis coloridos que nos apetecia comprar para os mais variados trabalhos.

Chegando a época natalícia a montra enchia-se de brinquedos (não como agora), mas para os nossos olhos de criança, o pouco que fosse já era muito.

Eis que todas as tardes ao sair do colégio a menina que tinha uma aula de ballet, no regresso a paragem era obrigatória, olhar para a montra e namorar um boneco de olhos azuis que lhe fazia lembrar o azul do céu e ficar não horas, porque não podia, mas largos minutos, aquele era o presente que ela desejava com toda a força, mas era tão caro que não sabia se o Menino Jesus que tinha tantos meninos para satisfazer teria possibilidades de lhe trazer aquele lindo boneco.

O primeiro ano passou, e o boneco não apareceu, a tristeza foi inimaginável, tinha cumprido tudo o que se pedia na altura, tinha-se portado bem, tinha estudado e o boneco continuava lá a olhar para ela, quando passava das suas voltas diárias.
No ano seguinte tudo se repetiu, o boneco voltou à montra da loja mágica e a menina voltou a ter esperança que seria dessa vez que o Jesus a contemplaria com tamanho desejo.

Na noite de Natal com o coraçãozito muito apertado lá se dirigiu à chaminé para pôr o sapatito, na esperança de ver no dia seguinte, tornar-se realidade aquele sonho que lhe invadia todo o corpo de criança, a magia do natal teria que funcionar.
Claro está que o ouvido esteve toda a noite bem sintonizado para a chaminé, porque todos os barulhos eram suspeitos, o frio era muito, custava a destapar a cabeça dos lençois tão cheirosos mas a vontade de conseguir ouvir alguém a descer era mais forte que o frio, o cansaço e a excitação acabava por fazer adormecer as crianças que esperavam ansiosamente pela manhã daquele dia de Natal.

Ainda os pais dormiam e toda a família, e aos primeiros raios de sol,(quando existiam), toda a criançada corria, para finalmente olhar para os presentes tão aguardados na grande chaminé de pedra marmorada,na casa, dos avós mas para a menina só o boneco bonito a poderia fazer feliz, entre ela e o boneco gerou-se uma cumplicidade tão grande naquela loja que não era possível, o milagre teria que acontecer naquele ano.
Ao longe um embrulho muito grande num papel também lindíssimo, seria o seu boneco?????
E o inexplicável aconteceu, era o Zé como ela na altura lhe chamou.
Nunca mais se separaram, durante anos aquele boneco foi vestido por tias, avós e toda a gente que pudesse, até teve direito a baptizado com fato e tudo, convite das amigas, lanche, com bolos e arroz doce.
FOI UM SONHO TORNADO REALIDADE
E O SONHO FOI TÃO GRANDE E TÃO LONGE QUE O ZÉ AINDA HOJE ESTÁ NA MINHA COMPANHIA.
Não envelhece porque é um boneco, mas os sinais do tempo já se fazem sentir, um dos lindos olhos azuis já abre com com alguma dificuldade, já não diz mamã, mas continua a ser um dos mais bonitos presentes com que algum dia sonhei e que se tornou realidade, e continuará sempre comigo guardado num lugar muito especial.
Isabel Cabral