terça-feira, 30 de setembro de 2008

O nosso planeta

Um vento leve
na cara me tocou,

e de mansinho me levou.
Como se algo me quisesse dizer,
anda, anda, prá frente,
segue por esse caminho,
mas eu tive medo,
lá longe,
uma escuridão,
num grande turbilhão,
senti um forte arrepio
pela espinha abaixo

muito frio, muito fumo.
Tudo era negro, gelado.
Hesitei e vi,
algo, parecido com o futuro.
Bateu mais forte o meu coração.

Onde estava? que lugar era aquele?

_Aquele não era certamente
o mundo onde nasci, onde cresci.
Onde estavam as árvores
com os seus frutos,
e os seus deliciosos sabores.
Onde estavam as flores,
com os seus perfumes, suas cores,
e seus cheiros, presenteiros.
Era tudo tão escuro, tão cinzento,
que eu estremeci,
só queria regressar,
continuar a andar
por esse mundo fora.
Voltar a plantar,
as árvores, as flores...
Queria voltar a sentir o vento
a tocar-me na cara de mansinho
a abanar deliciosamente

as verdes folhas.
Ver uma borboleta pousar,
e depois voltar a voar.
Ver meninos sorrir,
com suas brincadeiras,
correr e saltar,
empurrados pelo vento, tão gostoso,
pegar numa flor tão cheirosa,
uma colorida borboleta.
Por isto quero continuar a lutar.
Plantarei mais árvores,
povoarei os campos de flores
Mas, chegarei a tempo???
Todos diremos presente,
e vamos conhecer de novo este planeta
que se está a transformar
mas para isso todos temos
que ajudar, a construir um mundo novo,
onde todos possamos,
continuar a respirar.

A BRINCAR E A SORRIR....


Isabel Cabral

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

É preciso ver







As imagens que me fizeram pensar, mas que eu não quis comentar.
Do sublime ao inconcebível.
As imagens falam por si, não há palavras.
"A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA".

domingo, 28 de setembro de 2008

Curiosidades




É na casa de Neruda em Valparaíso, que reparo
numa coisa curiosa:
a dimensão política de Magalhães.








Neruda era um menino. Nunca cresceu. A prová-lo está o seu idealismo: um homem que se mantém comunista pela vida fora é um homem que nunca deixa de ser menino. Mas é por outra razão que penso no poeta como um menino. Pelos brinquedos.
Neruda coleccionava tudo: bússulas, berloques, conchas, pedras, quadros, copos e coisas que já não existem nem têm biarras. Visito a sua casa, La Sebastiana, hoje um museu, que se encontra em Valparaíso, no alto das muitas colinas que se enfiam pelo mar adentro e que permitem identificar a cidade entre outras mil do mundo.
Neruda? Que tem Neruda a ver com este livro? Explico: não ando perdido nos meus passos pela vida de Magalhães. A porta do Chile é sempre este corredor central que une o porto de Valparaíso ao aeroporto de Santiago. E, eu, depois de percorrrer a Patagónia e a região do estreito
de Magalhães, aproveito para descansar uns dias em Valparaíso. A visita à casa-museu de Pablo Neruda seria uma tentativa de me abstrair por umas horas do meu projecto sobre a vida de Magalhães. Mas não consigo. Neruda não me deixa.

Nos Passos de Magalhães -Gonçalo Cadilhe (excerto)

De PABLO NERUDA:
"Nega-me o pão, o ar
a luz, a Primavera
mas nunca o teu sorriso
porque então morreria."

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Uma pequena grande história






























Poema/Texto



Era uma vez, uma menina
de nome Isabel
À vida ela queria ser fiel,
aqui ela chega com o nome de BC .
E ao blogue Sletras.
Para transmitir, apenas palavras,
de cores "coloridas."
Com um sorriso ela entrou.
Assim que cá chegou,
e logo encontrou,
outra menina, que era a renard,
renard, a raposa,
que palavras também escrevia,
e em comum um principezinho
de Saint-Exupéry.
Logo nasceu uma amizade,
entre a Sletras e a rapozinha,
ainda eram poucos naquela altura,
renard se defendia
com garras e dentes,
com aquilo que escrevia,
mas uma mão ela queria.
E, Sletras criou então uma cidade.
A que deu o nome de" Cidade dos Afectos"
Um dia, foi visitar a Joana,
de outra cidade, chamada,
"A Cidade do Vento"
Menina esperta, que poemas
também fazia.
Lá encontrou o Raul ,
homem generoso,
com um imenso sorriso,
e a convidou para ler
lá no seu espaço,
uma história bonita,
muito bem escrita
de uma professora,
chamada Isabela
que no meio de clicks,
fez a delícia, de muitos leitores .
Do texto da Isabela,
com tantas palavras
chegou a primeira coincidência
pois a Isabela, ela mesma,
tal como eu Isabel,
já nos conhecíamos de outras guerras,
de outras paragens,
de passadas infâncias.
Com o Raul, como vizinho
durante meses, todos percorremos
estradas, caminhos
que eram de cores, pintadas a aguarelas.
A seguir vem a Fátima,
menina prendada, que à escola,
também estava ligada.
Decretos para cá,
decretos para lá,
sempre estava a par da vida escolar.
E assim fomos caminhando,
e outros foram chegando,
a cada cidade, espaço ou lugar e aí foram ficando,
com as palavras a dançar, a bailar.
Um dia, chega a Carmo,
que era uma avó,
também "Pirueta"
nome engraçado que ela própria arranjou.
Suas "estórias", contava
e com elas nos encantava,
e também deliciava.
Mas a avó viajava,
e o mundo conhecia,
entre a"Europa" e a "África".
Passado algum tempo,
aparece uma "Teresa vinda de longe"
"Ematejoca" também.
Teresa, ama as artes de que faz,
parte a poesia, e até as decora.
Da sua boca diz-se fria,
mas no fundo, no fundo,
ela é uma fofinha.
E, vão chegando outros, e outros,
e a cidade já não é cidade,
chama-se então uma "Tribo".
Os laços se fortalecem,
as amizades também,
e são virtuais, mas as empatias também.
Os ideais são os mesmos.
Dum mundo cinzento,
torná-lo verde e azul,
onde os pássaros possam voar
onde os peixes possam nadar
onde as crianças possam brincar
sem medos, sem receios.
A "Paz" espalhar, e também o amor
o amor pelos homens
que precisam de uma mão
para poder agarrar.
Aos adolescentes dar conselhos,
mostrar-lhes um mundo,
um mundo às cores,
um mundo onde o arco-íris
se veja, e não fique escondido
atrás de uma nuvem tapado,
não lhes dar tanta "pancada",
enchê-los de beijos, amor
e mostrar-lhes as coisas bonitas da vida.
E assim fomos, meses e meses,
pela estrada de aguarelas pintada,
pintando as palavras, brincando com elas,
dando-lhes vida, à nossa passagem.
Porque nós, nós só queríamos partilhar,
partilhar ideais, partilhar palavras, e até a música,
as mesmas palavras, os mesmos desejos.
Porque nós, nós só queríamos lutar.
Lutar todos juntos.

"POR UM MUNDO MELHOR"

Este poema, ou texto, chamem-lhe o que quiserem, não é dedicado a ninguém em especial, é a todos nós, que fomos um dia uma família, embora virtual .

Isabel Cabral



terça-feira, 23 de setembro de 2008

Escolas

E MAIS UM ANO QUE COMEÇOU, DAQUI DESEJO UM BOM ANO PARA TODOS VÓS, COM UMA BRINCADEIRINHA DAS MINHAS, EM PALAVRAS COLORIDAS, COMO A MINHA ESTRADA DE AGUARELAS.

Para vós professores, para vós alunos, que tudo vos corra bem neste ano que já começou.

BEM HAJAM



A escola já começou,

Tudo está preparado

o pai, a mochila já comprou,


os cadernos, e o estojo.

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

A praia ficou para trás,


e a piscina também,


para as aulas zás, trás, páz,

vai a onda, vem a aula.,

De manhã cedo o acordar,


dos professores vou gostar,


A correr vou aprender

para quando crescer

um homenzinho eu ser.

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

No recreio vou brincar,


com os amigos jogar

à bola e ao pião,

não vou cair no chão,

para a roupa não sujar.

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

Mas a mamã não se importa,


se um pouco me sujar,


é próprio da minha idade

faz parte do educar,

A vida vai prosseguindo

mais um ano vai passando

pelo caminho vou andando,

a brincar, ou a estudar,

serei sempre eu,

ontem, hoje, e amanhã,


em casa, ou na escola,

um bom menino serei,

e assim sempre seguirei

porque um dia quero ser gente

de que me orgulhe pra sempre.

Isabel Cabral


domingo, 21 de setembro de 2008

Filha desculpa...

Ontem, saí para ir ao supermercado como habitualmente, mas não levei a chave (o que não é costume).
Os meus filhos estavam a preparar-se para ir fazer surfe e a Mariana estava ainda a dormir.
Como pensei que não me iria demorar pois sou geralmente muito rápida nas compras, o que leva sempre mais tempo é o cafezito que costumo tomar ao balcão, que mesmo com 3 ou 4 pessoas a atender, não se compreende, leva uma eternidade.
Quando regressei vi que os carros dos meus filhos, já não se encontravam à porta e teria que bater inevitavelmente. Bom bati, bati, bati.... uma eternidade, é claro que comecei a ficar desesperada,
liguei para o marido que tinha ido levar umas coisas a casa dos pais e demorar-se-ia ainda algum tempo. Os miúdos como ainda não estavam na praia resolveram ao meu telefonema voltar para trás, e virem trazer-me a chave, é claro que estava a ficar furiosa com ela, como era possível pôr o dedo na campainha sem tirar, chamá-la, dar murros na porta e nada. Na minha cabeça comecei logo a fazer filmes, se um dia há um incêndio ela não dá por isso, ou um tremor-de-terra, ou outra coisa do género, mas realmente nós mães por vezes somos um pouco exageradas.
Comecei logo a dizer para os meus botões que lhe daria um bom estalo, quando abrisse a porta, mas no fundo, no fundo eu só queria perceber se estava tudo bem com ela e reagimos sempre ao contrário, meu Deus. Ao fim de 15 minutos ou mais a porta abre-se, e o Gonçalo chega ao mesmo tempo. A Mariana tinha finalmente acordado dum sono profundo (é habitual, nunca vi uma coisa assim)mas diariamente levanta-se sem problemas para a escola, nunca tive que a chamar.Obviamente que a discussão ferveu, e para quê?que culpa tinha a miúda de dormir tão
profundamente, durante a tarde ficámos mudas com vontade de nos agarrarmos uma à outra a pedir desculpas mútuas, mas a maior culpada fui eu, não levei a chave, não avisei que ia sair e não entendi que as pessoas são diferentes e não reagem da mesma forma, há pessoas com sono muito pesado, que é o caso dela, e outras com o sono muito leve.
Cheguei-me ao pé dela, já tarde, e crivei-a de beijos e foi recíproco e só lhe disse:
_ Minha filha como é possível dormir assim como uma pedra?
ao que ela me respondeu prontamente.
_ Aí é que a mãe se engana, eu não durmo como uma pedra, "EU DURMO COMO OS ANJOS"
Fiquei calada, e uma lágrima escorreu, que injusta tinha sido com a Mariana, ela nem sabia que eu tinha saído, muito menos sem chave, e não conseguiu acordar, nem todos os metabolismos são
iguais, e achei que ela merecia um pedido de desculpas.
É MELHOR PENSAR OU CONTAR ATÉ DEZ ANTES DE DIZER COISAS QUE NOS FAÇAM
DEPOIS SOFRER E MAGOAR AS PESSOAS.
Eu aprendi a lição, seguramente!!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Quando


Para uma amiga, muito especial, que não vou dizer quem é, ela saberá.
Este poema vai directamente para ela, porque eu sei que vai gostar.

Quando um pedaço de céu chegar pra cada um
e todos nós pudermos ter os astros;
quando um pedaço de pão chegar pra cada um
e todos nós pudermos ter ceara;
quando o calor do sol sorrir em cada olhar
e cada um tiver estrelas pra brincar;
quando as armas de morte forem feitas de abraços
e, de cada prisão, puder fazer-se um beijo;
quando, todos, serenos, formos todos num só
sem deixarmos de ser, em todos, cada um;
quando soubermos sentir, nos outros, quem nós somos,
sendo, nós mesmos, onde os outros são;
_ as sombras serão luz,
a nuvem sol,
a guerra será pão,
o ódio amor,
as dúvidas certezas,
erros, nossos desejos fundos de verdade,
distâncias, nossa vontade forte de ser perto.

Mariano Calado


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Mães Más - Reflexão

Um dia quando meus filhos forem crescidos para entender, as motivações dos pais e das mães,
eu hei-de dizer-lhes:

. Eu amei-os o suficiente para não ter perguntado onde vocês vão, com quem vão e a que horas regressarão.

. Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

. Eu os amei o suficiente para os fazer pagar os bolos que tiraram no supermercado ou revistas ao jornaleiro, e os fazer dizer ao dono:
"Nós tirámos isto ontem e queríamos pagar"..

. Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas enquanto limpavam o vosso quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos olhos.

. Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para lhes dizer não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas . Estou contente e venci....
Porque no final vocês venceram também!

. E em qualquer dia quando os meus netos forem crescidos o suficiente, para verem a lógica que
motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se era má, meus filhos vão lhes dizer:
"SIM NOSSA MÃE ERA MÁ". ERA A MÃE MAIS MÁ DO MUNDO...
As outras crianças comiam doces no café e nós tinhamos que comer peixe, carne e sopa
As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas de pacote e gelado ao almoço e nós tínhamos que comer legumes e frutas. E ela obrigava-nos a jantar À MESA BEM DIFERENTE DAS OUTRAS MÃES que deixavam os filhos comer a ver televisão.

. Ela insistia em saber onde estávamos a toda a hora (tocava o nosso telemóvel de madrugada e tentava descobrir os nossos segredos).

. Era quase uma prisão. A mãe tinha que saber quem eram os nossos amigos, e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas 1 hora ou 2.

. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a loiça de mesa, arrumar os nossos brinquedos, despejar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruel. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

. Ela não deixava os nossos amigos tocarem, nem buzinar, para que saíssemos, tinham que subir, bater à porta para ela os conhecer.
Enquanto todos podiam voltar tarde com 12 anos, tivemos que esperar até aos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava-se para saber se a festa tinha sido boa oumá só para ver com quem estávamos a voltar.

.Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubos em altos vandalismos, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
FOI TUDO POR CAUSA DELA.

. Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos
"PAIS MAUS", como minha mãe foi.
Eu acho que este é um dos males do Mundo de hoje:" NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS"
Encontrei este documento, bastante útil numas arrumações e resolvi partilhá-lo com vocês
Quando o dei aos meus filhos há já alguns anos só escrevi
"LEIAM E INTERPRETEM, PODE SER QUE ASSIM ME CONHEÇAM MELHOR"
"ESCLARECIMENTO"
Como é óbvio, o texto não é meu, se o fosse estaria escrito no fim," Isabel Cabral", como costumo fazer, não tenho qualquer problema que me peçam poemas, ou outros textos e foram cedidos e serão sempre que o quiserem. O meu blogue geralmente só tem coisas minhas e do meu pai.
Este texto foi-me cedido por uma amiga no ano de 2004, para ESCLARECIMENTO (JÁ TEM ALGUNS ANOS).Não fui buscá-lo a nenhum blogue, não é meu costume, o inverso é mais frequente. Podem continuar a fazê-lo sem qualquer problema, não gosto é de ver coisas que não são verdadeiras.
Isabel Cabral

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Para ti Ana

Directamente de Cascais para Singapura!!!!

Especialmente para ti e para a Catarina.

Que bom existirmos

Que bom termos a família que temos

Como eu te entendo prima.

Quando as nossas sementinhas

começam a abrir as asas

e vão para o seu primeiro voo,

e nós ficamos a vê-los partir

num voo planante, em desequilíbrio ainda,

e nós com medo, que eles partam

as suas asitas ainda tão frágeis,

e nós não estamos presentes.

Coisas de mãe Gaivota.

Hoje, e sempre a minha mão

está contigo.

é tua, e podes agarrá-la até

precisares dela, com força,

minha prima, minha irmã,

"essa é a LEI da Grande Gaivota,

a lei que é.

_Quer dizer que podes voar

_Quero dizer que és livre"

Fernão Capelo Gaivota

Para ti, para a Bárbara, para a Catarina, para a Débora

para a Ema e para a Erika, e Zé não estás esquecido

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Cumplicidades


O VÍDEO SERIA PARA PÔR JUNTAMENTE COM O POEMA, MAS POR MOTIVOS TÉCNICOS FALHOU,PEÇO DESCULPA, FICOU UM GRANDE ESPAÇO, DO POEMA PARA OS COMENTÁRIOS, MAS SERIA DA MESMA PASTAGEM DE BAIXO.

Cumplicidades

Me, and my husband E entre dois olhares
a mais bela poesia,
foi escrita.
No meio de cumplicidades,
falámos de amores,
amores vividos,
entre músicas, sinfonias,
somente olhares
apenas desmascarados
pelos olhares indiscretos,
do céu, dos pinheiros, das aves.
como testemunhas.
Duma música divinal
tocada por anjos
com suas harpas douradas.
As palavras ficaram por dizer.
Nas veias os sentidos,
bailaram atordoados
e nos envolveram,
e entre o céu e a terra
o Amor aconteceu.
Sem palavras,
sem lamúrias.
Apenas sorrisos,
só sentidos por nós dois
à flor da pele
Porque visualmente somos dois
mas há muito um só
e caminhamos
por entre verdes
e caminhamos
por entre azuis,
pelas mesmas estradas
em caminhos partilhadas
e sorrimos
na perfeição dum ser
de mãos dadas
até Deus querer.

Isabel Cabral

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Uma pérola

Nas mãos uma concha apertei
Para ela com carinho olhei
E tentei desvendar toda uma vida
Dentro daquela concha
Pequenina, indefesa

Dentro dela uma pérola
Só vista de quando em vez
Quando involuntariamente se abria
Para respirar a maresia
Vinda do mar tão grande
Onde se sentia perdida

Mas outras conchas viriam
E a seu lado ficariam
Numa fraterna harmonia
Durante a noite e o dia
Buscariam outras pérolas
Dentro de si mesmas
Porque para elas
Bastava saber que não
Eram vazias
Alguma coisa brilhava
E, vinha de dentro
E mesmo não visível
A pérola brilharia
Para sempre.....
Isabel Cabral

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Regresso-Acabaram as férias





Uns chegam, outros partem, o vazio instala-se no meio de uma música interrompida de segundo, em segundo.
O cansaço é complicado, quando existe muita gente, mas quando todos se vão, fica o silêncio monstruoso de uma noite fria em que não apetece sorrir, falta-nos sempre algo, completa-se, como a música interrompida, num salão de baile, onde a orquestra pára abruptamente.
Abri a porta e vi uma estrela cadente, não tive tempo de pedir um desejo de tão rápida que passou, mas teria tantos desejos ocultos, que não teria tempo de os formular todos.
E, eu sei que esta noite fria vai custar a passar. Onde estão as coisas que deixei para trás?
Como eu hoje precisava de conseguir pintar as palavras, mas as cores não estão perto, andam a pintar outras palavras, outras frases, outros versos, outros textos, que não os meus
NÃO HOJE.
TALVEZ AMANHÃ!!!!!

Esclarecimento:


Não estava previsto um regresso tão breve, mas aconteceu.
Tenho recebido mails tanto de bloguistas, como particulares (de amigos), a perguntarem se tenho outro blogue, porque haveria de ter (eu não me escondo atrás de nada, nem nunca me escondi).

Pedidos para regressar, muitos.
Como é óbvio não vou adiantar muita coisa, nem as razões porque me afastei.
Não saí por querer mas porque fui "forçada", a tomar essa decisão, não iria criar outro blogue , detesto anonimatos, a não ser que sejam estritamente necessários.
Continuo a bailar pelas mesmas praias, nas mesmas areias, nos mesmos mares.
O meu sorriso é o mesmo, nunca mudou, mesmo quando as coisas possam não correr tão bem, para os outros o sorriso nunca se perde, é imprescindível.
As cores continuam as mesmas. As cores que me aquecem, com as quais eu pinto o mundo à minha maneira e como posso, sempre com uma finalidade, estar do lado do mundo, dos mais fracos, dos que precisam de ajuda, bem atenta a tudo o que se passa à minha volta, ter amigos verdadeiros, dar a mão, ajudar quem se encontra ao meu lado.É ESTA A MINHA POSTURA NA VIDA E ESPERO NÃO MUDAR NUNCA.
Cheguei como "SLETRAS "caminhei como " SLETRAS" e prosseguirei como "SLETRAS".

Para quem fôr realmente amigo e gostar das minhas palavras, da minha escrita, a porta esteve e estará sempre aberta. Demonstrei transparência e continuo a sê-lo a Sletras sou eu, eu sou a Sletras, sem uma vírgula a mais ou a menos.

A MINHA ESCRITA SOU" EU", BÉ, ISABEL, BC, SLETRAS. COMO QUEIRAM.
QUATRO NUMA SÓ.

Isabel Cabral