terça-feira, 18 de outubro de 2016

Um dia fui bailarina,
ainda menina
na ponta dos pés
voei
por terras e mares
andei
em sonhos
me balancei,
o tempo passou
as sapatilhas
deixei
quis ser ave
quis voar
andar pelo ar
vi brancas gaivotas
vi mares revoltos
mas uma coisa
eu sei
continuo a acreditar
que um dia
voarei.

Isabel de Sá Cabral


quinta-feira, 28 de julho de 2016

A vontade sempre inesgotável das palavras, o regresso talvez a um passado que me fez feliz, porque sempre aquilo que me fez lutar foi o escrever, o partilhar, aqui onde tantos comentários me fizeram chorar, os verdadeiros, os amigos.
E vou lançando letras que se juntarão de novo por um novo reencontro de pessoas que sempre me disseram algo importante, agora que perdi o Alentejo, aquele meu abrigo de sonho, onde fugia de tudo, mas onde me encontrava com a natureza, com o mar que sempre me impressionou, que sempre me ouviu.
Estarei provavelmente a escrever para mim, já nem me lembro muito bem do funcionamento de tudo isto, mas vou chegar lá de novo, numa estrada que não foi percorrida até ao fim e serei de novo BC, com as minha imagens, com as minha músicas quando se justificar e vou tentando voltar.