segunda-feira, 31 de março de 2008

O mar e o sonho


Quando o sol nasceu fui até à falésia, num passo compassado, calmamente, numa calma imposta pela própria calma daquele sítio, que me faz esquecer por algum tempo as preocupações, e sou transportada para outros mundos longínquos que só existem na minha imaginação.

O mar estava agitado, muito agitado mesmo, não desci até á praia, sentei-me, fechei os olhos e deixei-me transportar e voar até onde a mente me levasse.

Ao ouvir as ondas bater na areia interroguei-me, de onde viriam, onde eram formadas, por onde teriam já passado. Aquele mar tão imenso teria certamente muitas histórias para contar, princesas de reinos distantes, sereias com corpos prateados, a bailar nas profundezas das águas, os maravilhosos corais com cores multifacetadas, as estrelas-do-mar com feitios tão diferentes, os búzios onde a música, não era música mas um embalar de sons e múrmurios vindos do fundo.

Onde grandes peixes comunicavam uns com os outros numa linguagem difusa, mas também onde os mais fracos eram engolidos pelos mais fortes.Quantos naufrágios, quantas lágrimas.

No meio de tanta beleza e impotência, a imensidão levava-me a sentir um arrepio pela espinha,

fazia medo, um medo incontido pela força e pelo poder, contra quem ninguém podia lutar, porque a Natureza é imbatível. Como tudo isto é contraditório, beleza e medo estão de mãos dadas

também.

Mas apeteceu-me ficar ali eternamente, naquela paz inquietante, sentir o forte vento na cara,

os cabelos a esvoassarem para longe.

Achei que naquele momento conseguiria voar e que nada me aconteceria, era só acreditar, era a liberdade total, o meu pensamento voava para tão longe que nem eu própria o conseguiria agarrar naquele momento, mas abri os olhos e o sonho acabou, tive que voltar.

A realidade esperava-me.

Mas entre o céu e o mar eu flutuei durante breves instantes...!!!!
Isabel Cabral

sexta-feira, 28 de março de 2008

E, mais um dia


Cada dia que passa digo para mim que este é um dia especial...

Ninguém é tão alguém, que não precise de ninguém...

Depois dos Sorrisos, das Mãos Amigas e das coisas inerentes ao planeta em que vivemos, vou fazer uma pausa, rumo ao Litoral Alentejano.

Do verde para o Azul!!!

De flores, e árvores

Para o mar e gaivotas

Do azul do mar, ao azul do céu...

Tudo isto faz parte do nosso mundo, que nós queremos indiscutivelmente melhor...

quinta-feira, 27 de março de 2008

Cidade dos Afectos



Na cidade dos Afectos encontrei o Sorriso, estava sentado num banco de jardim, olhava em redor, tudo à sua volta era verde e belo, as árvores, as flores, a relva. Sorriso inibriava-se com o cheiro que imanava de tantas flores à sua volta, era proibido tocar e maltratar porque o Sorriso


sabia que ali estava plantado o seu futuro e das outras crianças que viviam no planeta.


"O verde faz falta" - dizia ele - precisamos de oxigénio para respirar.


Estas árvores precisam ser preservadas e temos que cuidar delas com muito carinho e não lhes fazer mal.


- E, eu todos os dias (dizia ele), venho para aqui admirar a beleza do nosso mundo e ao mesmo tempo sou uma espécie de guardião do verde do meu planeta.





Mas a hora de ir para a escola aproximava-se e lá foi o Sorriso.


Pedi se o podia acompanhar, gostava de conhecer a sua escola, ao que me respondeu afirmativamente, acompanhei-o. Na escola não existiam grades, todos os meninos se chamavam Sorrisos e frequentavam a escola expontaneamente. Os professores chamavam-se Mãos Amigas.


Todos eles trabalhavam em conjunto, com respeito uns pelos outros.


Naquela escola havia tudo, livros, muitos livros, lápis, canetas borrachas, papel para escrever e para desenhar, não precisavam de coisas muito sofisticadas para perceberem o quanto era importante o Saber, e as coisas boas que o Saber proporcionava a todos os Sorrisos que por ali passavam, e as Mãos Amigas eram as pessoas que lhes passavam o tal Saber, com a sua experiência.


Tudo funcionava bem, porque todos perceberam que na "Cidade dos Afectos" ninguém vivia só,


as pessoas partilhavam tudo e respeitavam-se mutuamente.
Acima de tudo davam as mãos e sorriam...

terça-feira, 25 de março de 2008

O meu blog


Quando criei o blog há já cerca de dois meses atrás, nunca tive dúvidas que seria sobre "Afectos"que sem dúvida quereria escrever, por um lado o mundo de hoje está carente de afectos, por outro lado tinha alguns poemas escritos sobre esses mesmos afectos tão importantes para mim, e não quereria que ficassem guardados numa gaveta eternamente, até as folhas amarelecerem e alguém um dia os encontrar já todos rasgados com letras meio sumidas. Poderia falar efectivamente sobre tantas coisas, roupas, futilidades, vidas cor-de-rosa, e tantas outras coisas, mas não, teria mesmo que ser sobre os afectos, na minha cabeça as ideias estavam

definitivamente bem definidas. Ao longo deste pouco tempo de vida do meu blog chego à conclusão, que realmente os afectos não fazem muito parte da vida das pessoas, o que existe são desafectos(não sei se a palavra existe, mas para o caso pouco importa),ou não afectos.

Abrimos os jornais, vemos a televisão e deparamo-nos, sempre com as mesmas manchetes,"Filho maltrata mãe...." "Marido bate na mulher e deixa-a..." "Filho mata pais e depois..." "Mãe pede esmola na rua, e filho tira-lhe o dinheiro para...."

Que mundo será este em que vivemos?

Andamos a criar monstros, ou seres humanos sem valores, sem respeito pelo próximo.

Alguém conhecido na nossa praça, no fim desta semana dizia que as pessoas cumprimentavam-se mas não se olhavam olhos nos olhos, do que é que as pessoas têm medo?

Um filho que com palavras fere uma mãe não tem nome!!

Um marido que maltrata a sua mulher é um desclassificado!!


Ficção e realidade, não se distinguem

A realidade é ficção!!!

A ficção é a realidade!!!


Porque todos nós consentimos....

Porque todos nós deixámos....
Isabel Cabral

segunda-feira, 24 de março de 2008

Memórias a 24 de Março


Estamos tão perto, e ao mesmo tempo tão longe.

Encontramo-nos nas ocasiões especiais (Natal, anos, e por aí), o que se está a tornar cada vez mais raro, devido aos afazeres de cada um.

Nunca criamos ocasiões especiais, sem serem estas, porque qualquer dia pode ser um dia especial basta querermos. Tu provavelmente não te lembras de muita coisa passada, mas esta minha cabecinha vai buscar coisas, às vezes incríveis, as minhas recordações longínquas no tempo, da nossa infância.Tu, o super dotado, com inequívoco jeito para o desenho e afins, eu a parvalhona, tímida, que ao pé de ti sentia-me um zero á esquerda.

Fazias em cartão e papel variado casinhas, e bonecos com as respectivas roupas que vestíamos e despíamos, e assim passávamos horas na pedra mármore da nossa enorme cozinha (vá se lá saber porquê) em divertidas brincadeiras que duravam ás vezes horas, no fim até trabalhavas um pouco para mim, porque eu não percebia nada daquelas confusas montagens.

Irmãos muito unidos defendiamo-nos até à exaustão.E ai de quem ofendesse o outro! Erámos
amigos e cúmplices com umas pancadarias á mistura (próprias de irmãos).

Mas tinhas um lado tramado, lembras-te quando deitas-te o meu super urso companheiro de vida, pela varanda abaixo e eu nunca mais o vi. No entanto, não me importava de reviviver esses momentos de novo, foram importantes para a nossa personalidade, sem dúvida, e recordo-os

hoje no dia dos teus anos, vá se lá saber também porquê. Se leres tanto melhor... se não leres que é o mais provável, ficam as recordações, as memórias guardadas no meu baú de recordações,de momentos bem passados e que ficarão para sempre como as nossas memórias de infância.

PARABÉNS
Isabel Cabral

quinta-feira, 20 de março de 2008

Páscoa

Algures por esse mundo fora, a cada minuto alguém morre, mas algures também por esse mundo fora, a cada minuto dá-se um milagre de vida...!!!

A morte dá lugar à vida...
Para mim isto é a PÁSCOA...

Para quem passar por aqui uma Santa Páscoa
Isabel Cabral

quarta-feira, 19 de março de 2008

Poema de Vida

Dia do Pai

Pai não é só aquele que nos dá vida...
Pai é aquele que nos ensina a percorrê-la...
Pai é aquele que nos elogia...
Pai é aquele que reprova na hora certa...
Pai é aquele que nos diz sim...
Pai também é aquele que tem coragem de dizer não...
Pai é aquele que ama...
Pai é aquele que dá a mão...
Pai é aquele que beija...
Pai é uma vida feita de outras vidas...
________________________
Ao meu pai eu quero dar
Uma poesia de vida,
Vida por ele vivida
Entre ventos e marés,
Turbilhões e maresia.
Das conchas e dos búzios da praia
Onde poisou,
Tantas vezes os seus pés,
E, com as gaivotas voou
Para terras tão longínquas.
E assim foi encantando
Com seus livros de histórias,
Histórias bem contadas.
E também nos orgulhou, e nos passou,
Testemunhos de viver.
Que de menina a mulher
Ainda hoje eu continuo a beber.
Com honras de saber respeitar
Quem nos soube sempre amar.
Minhas palavras são pobres
Mas são palavras e frases
Que vão com tanta força
Que ao coração, eu quero
Fazer chegar.
A idade é traiçoeira,
Mais devagar temos de caminhar,
Mas juntos faremos a caminhada
Pela praia desta vida.
Natal 2007
Isabel Cabral

segunda-feira, 17 de março de 2008

África

A imagem fala por si


África uma terra de contrastes....

Onde toda a gente trata a gente como toda a gente.
Onde,
é a Mãe Natureza

Onde tudo acontece e tudo fica por acontecer...

domingo, 16 de março de 2008

O mundo é pequeno

Ontem, saí de casa para dar um daqueles passeios de domingo,por vezes um bocado enfadonhos, não fosse a particularidade de poder estar com a família o que ontem aconteceu.
Os meus filhos sairam para surfar, o que poderia ser desde carcavelos a Peniche passando pela Ericeira.
O facto é que diambolando pela linha de Cascais, fomos desaguar algures numa praia das muitas da linha(S. Pedro do Estoril), no meio de centenas de pessoas que passeavam a apanhar umas résteas de sol com um bom bocado de vento, ainda o carro rolava á procura de estacionamento para ir tomar um cafézito, vejo ao longe o meu filho Gonçalo, já sem o equipamento e, vai então que resolvemos segui-lo coisa que não costumo fazer (é chato, não sei se estaria com alguma companhia feminina...),percorremos a muralha e lá estavam eles num grupo de amigos, sentados numa mesa e rodeados de dezenas de pessoas, lá foram buscar umas cadeiritas e ali ficamos com
os filhotes e seus amigos, o que até soube muito bem são lufadas de juventude que nós apanhamos. O tempo foi passando e no meio de algumas conversas ouvi falar de Torres Vedras(minha terra natal), e do Carnaval, intrometi-me, pois estava noutra onda e uma das amigas, por sinal era de Torres
(a família), com toda a delicadeza perguntei a que família pertencia, e qual não foi o meu espanto
pois a Marta era filha de uma menina da minha geração que tinha uma irmã gémea que de gémeas não tinham nada, era impressionante nunca vi gémeas, tão diferentes, (uma loira, outra morena, uma alta outra baixa),por sua vez netas de uma senhora muito conhecida que frequentava a casa da minha avó Isabel, é obvio que não vou falar do nome, não seria delicado
da minha parte, mas quis deixar este apontamento.
Foi uma tarde bem passada, com os meus três filhos e o meu marido, com os amigos deles que tenho sempre muito prazer em conhecer.
E aqui fica est post, de pequenas concidências, e como as gerações se podem encontrar ao fim
de tantos anos...
O mundo de facto é muito pequeno.....

sábado, 15 de março de 2008

Para alguém...


Eu não sou nada, não sou ninguém, mas o facto de não ser nada já sou alguma coisa...

Eu escrevo palavras, quando eu própria preciso delas...

Eu distribuo sorrisos e quem sorri pra mim...

As minhas cumplicidades são as cumplicidades que eu crio á minha volta...

Os meus afectos, são os afectos dos outros...

"Eu penso logo existo"...

Ou será que existo e não penso?...

Uma flor para quem precisar dela e também um sorriso, palavras muitas, afectos aos montes...

quarta-feira, 12 de março de 2008

A palavra na hora certa

Nós somos espectadores de nós mesmos, acho que se nós não nos soubermos avaliar, ninguém saberá.
O certo é que estamos sempre à espera de um olhar, de uma palavra de alguém, para percebermos se somos bem ou mal recebidos, mas quando isso acontece chegamos á conclusão que nem todos dizem presente, e por vezes dói, e só aparece quem nós não esperamos e esses serão sempre benvindos, vieram espontaneamente, dá mais gozo indiscutivelmente.
Não se espera de quem nos ignora, nas coisas que são importantes para nós em determinadas ocasiões da vida.

-Adeus -disse para a flor.
Mas ela não lhe respondeu.
-Adeus - repetiu o principezinho.
A flor tossiu. Mas não era por causa da constipação.
-Fui muito parva-Acabou finalmente por dizer.-Desculpa.Vê se consegues ser feliz.... Saint Exupéry


Hoje, a minha tia Ana Maria faz anos, como estamos longe, não quero deixar de assinalar este dia, para uma grande mulher, uma grande mãe, e uma grande tia.
Para ti, tia também uma palavra da tua sobrinha que te agradece muita coisa, que te agradece
sobretudo muitas palavras...
PARABÉNS

sábado, 8 de março de 2008

Mulher


Hoje é o dia da mulher, e quero homenageá-las, sem excepção. As mais expostas, já tiveram e continuam a ter a sua notoriedade nas respectivas funções.

As anónimas, essas mais do que as outras devem ser faladas e reconhecidas, para elas o meu abraço, neste dia. Apesar de não ligar muito a datas do calendário, dia da mulher é todos os dias, e o respeito que devem ter pela mulher é diário, precisamente por serem simplesmente mulheres.

Não posso falar de todas as mulheres que dalguma forma passaram pela minha vida e a marcaram.

Para si mãe que não está já no mundo das mulheres apenas uma flor...

Para a minha filha Mariana também já uma mulherzinha um sorriso do tamanho do mundo, duma mulher que também é mulher,e mãe...

Para a minha prima Ana um ramo de flores para ela, e para as suas cinco mulherzinhas que também são umas pétalas encantadoras do seu jardim.
Obrigada Ana pela força que me dás.

Mas que melhor forma de homenagear as mulheres, que fazer um poema ás minhas duas avós
Maria e Isabel ,duas grandes mulhers que também já não estão entre nós mas que ocuparão
sempre um lugar especial no meu coração.

MARIA (Avó Maria)


Um poema pequenino
Eu quis fazer a Maria
Minha avó
Com rendas e maresia

Mas como poderia
Com aquela alegria
E sabedoria
Que ela merecia

Não fui capaz
Porque o mais belo
Foi feito pelo meu pai
Já há algum tempo atrás
E estava tão lindo
Que eu não me atrevi
A maior homenagem
Foi feita por ele
Só poderia sair dele
E não saberia fazer tão bem
Mas as palavras fluiram
E entre o mar e a terra
onde sempre estiveram
surgiu um poema
pequenino dedicado a Maria
mas por ser pequenino
e feito para ela
com carinho o fiz
foi somente para ela
a minha avó Maria

O MEU COLINHO DE OURO (Avó Isabel)

Colinho de ouro
Assim chamava á minha avó
Nele me aninhava
E inalava
Tão cheirosa, tão gostosa
A minha avó.

Colinho de Ouro
Onde me refugiava
Das traquinices de menina
E eram instantes duradouros
Que eu queria
Que durassem para sempre
Porque eu queria que, felizes
As horas ali parassem.
Que o mundo não mais andasse
E me deixasse
Aninhada
No meu colinho de ouro.
Em tais momentos felizes
Eu não queria mais nada.

Como se só nós existíssemos
Numa cumplicidade
De crianças que o éramos.
E trocávamos sorrisos
E a nossa liberdade.

Era de facto de ouro
Porque ninguém ousava intrometer-se
Naquele amor que era meu
E do meu colinho de ouro.

Como a minha avó me amava!
talvez como ninguém.
Foi uma dádiva.
E agora, no além,
Eu sei que,
O meu colinho de ouro
Me espera um dia

Para nele
Mais uma vez me aninhar
E sorrir até cansar
De tantos anos
Em que triste fui privada
Da minha avó
Que tinha um colinho amigo,
E que por ser da minha avó
Era o meu colinho de ouro.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Hoje, é para ti, Diogo


Parabéns!
Dois anos de grande luta, persistência e força
Comparei-te muitas vezes ao Fernão Capelo Gaivota, a luta pelo voo perfeito, os voos rasantes...
Trabalhar, estudar e voar...
Já és piloto!
Conseguiste!

...podemos sair da ignorância, podemos ser criaturas perfeitas, inteligentes e hábeis. Podemos ser livres!
Podemos aprender a voar!. Richard Back "Fernão Capelo Gaivota"


"Chegar ao Céu"

A emoção do ar está dentro de ti,
É uma coisa que de facto nunca vi,
Virá do tempo do papagaio de papel
Aquele que um dia construí,
Nas asas do vento
Eu também, um dia quis voar.
Porquê tanta dôr, tanto pranto.
Voar, deve ser tão lindo!
Ter asas de gaivota
E percorrer todo o mundo
Numa sintonia, numa harmonia
Improvisada,
E na cara sentir o ar
Tão pertinho do céu.
Sentir a paz emanada
Lá de cima,
Tão juntinho a Jesus!
Mas agora o papagaio
Não é de brincar,
Agora é coisa séria
Porque o Diogo cresceu
Com papagaios já não quer brincar.
Quer, sim andar no ar e voar,
Voar até a paz encontrar
Serenidade na terra é precisa
Para poder encontrar e partilhar
Com toda a gente que connosco
Todos os dias vive
A nosso lado
Todos os dias nos dão
A sua mão
É preciso Amar,
Na terra como no ar.
E quando essa paz encontrares
Poderás então voar
E, finalmente, tocares
Com as tuas asas no céu...

terça-feira, 4 de março de 2008

Palavras

...De vez em quando saem alguns desabafos, para não nos sufocar a garganta e temos que falar com quem nos ouve, nem que seja em breves palavras...

Pensamento

...Uma folha de papel branco é a nossa maior cúmplice, nela transmitimos os nossos sentimentos e
emoções...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Os quadros da Sara

Depois de um fim de semana no Alentejo onde supostamente se vai retemperar forças, começo uma segunda -feira com um baixo astral daqueles.... dá vontade de desistir,de não fazer mais nada, parece que tudo nos sai mal, é daqueles dias que não devíamos sair da cama dá ideia que nem o tempo está a nosso favor, cinzento. blá blá blá....
Mas eis que alguma coisa boa acontece. A Sara Livramento é uma menina com parelesia cerebral,
que eu já tinha visto algures na televisão, e hoje tive novamente notícias dela. A Sara pinta e faz quanto a mim uns quadros maravilhosos, fez a sua primeira exposição devido á generosidade de alguém que acreditou nela (como a própria disse) e expôs, comovi-me acho que a Sara é uma força da natureza com um grande potencial, comparei-a no seu blog a alguém que nunca desistiu de lutar e persistiu com o seu sonho, não devemos baixar os braços mesmo que ás vezes seja difícil.
A Sara é um exemplo, e hoje mostrou-me que dias maus todos temos, mas com um sorriso como
o dela e com a felicidade que transborda daquele rostinho, fez-me sentir mal...

É PRECISO ACREDITAR.....
E daqui também te ofereço uma flor e um sorriso
OBRIGADA SARA