domingo, 2 de dezembro de 2012

A ÁRVORE DE NATAL

Era assim o espírito do Natal, eu não o vou deixar morrer!

Queremos armar uma árvore em nossos corações e colocarmos, no lugar de presentes, os nomes dos nossos AMIGOS...
_Os de longe, e os de perto, os mais antigos, e os mais recentes, ...
os que vemos todos os dias, e os que não.
_Os que recordamos e os que esquecemos,_ os das horas difíceis e os das horas alegres,_ os que sem querer ferimos e os q
ue nos feriram a nós.
_Os que conhecemos profundamente, e os que conhecemos superficialmente.
Os nossos amigos "humildes" e os nossos amigos "importantes".
_Aqueles que nos ensinaram e os que aprenderam connosco.
Queremos uma árvore de raízes profundas para que os nomes nunca sejam arrancados de nossos corações.
Uma árvore de folhas largas para que os nomes vindos possam se juntar aos já existentes.
Uma árvore de sombra agradável para que a nossa amizade seja um momento de repouso na luta pela VIDA....
Que o espírito do Natal faça de cada lágrima um sorriso, da amargura a sabedoria e de cada corção uma casa aberta para receber todos.
(texto de alguém que ainda vê o Natal com muito AMOR)

Eu estou a construir a minha com muitas luzes porque todos precisamos neste Natal!
 
FELIZ NATAL
 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Amo-te Antonio Cabral, amo-te nos nossos filhos, no Diogo, no Gonçalo, na Mariana e agora no nosso pequeno Tomás, mas Amo-te, especialmente em mim.
As tempestades passam, as neblinas são passageiras, as crises existem, mas tornam-nos mais f...
ortes, sejam elas de que espécie forem.
Mas o sol continua a entrar todos os dias pela nossa janela, aquela virada para o mar, na nossa casa de madeira, e que nós tanto amamos.A vida não é cor-de-rosa, escrevem-se palavras, vivem-se sonhos.
Mas, descobri que já escrevemos juntos muitas folhas de vida, da nossa vida, e a história continuará a ser escrita todos os dias com muito AMOR!!!
 
Isabel Cabral

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

SEMPRE NOIVA"

(A árvore que existiu em nossa casa, no jardim dos nossos pais à entrada, perto da porta e nos recebia sempre com um sorriso que caía como neve)

No seu fato
de organza e rendas
bordado a pérolas
se viu ao espelho
feito de água límpida
...
numa beleza de um dia
...
especial
sentiu-se anjo voando
no céu
menina a dançar,
mulher branca
pureza,
num jardim em flor
que seria naquele
mágico dia
mulher
que em gotas
espalharia
em branco lençol
de linho.

Isabel Cabral

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

VIDA _ O LIVRO DE TODOS NÓS

Provavelmente a nenhum de nós ocorreu, ou pensou que todos somos um livro_________ talvez um livro por "publicar".

Nascemos de duas histórias que se encontraram numa estante qualquer,cada um com uma história guardada, e escrita, cumprimentaram-se, trocaram olhares, e  entre os dois o amor aconteceu, aconteceu magia e surgiu um romance entre eles.
Quiseram juntos escrever mais uma história, que ao fim de algum tempo nasceu branca, sem letras, sem palavras, sem história ainda por escrever, o tempo foi passando e mais histórias nasceram e eram histórias lindas, e as páginas começaram a ser preenchidas, ilustradas, umas a cores, outras a preto e branco, uns dias com sorrisos, outros com lágrimas, mas os capítulos seguiam o seu rumo, caminhavam, voavam, umas mais breves, outras mais longas, conforme tinham sido traçadas nas estrelas, ou conforme os dedos que as escreviam.

Nós escrevemos a nossa própria história todos os dias, somos nós que escrevemos o livro, e ele será tão mágico quanto o empenho que nós depositamos nele, e o tempo que lhe dedicamos, a nós e aos outros livros que fazem parte da nossa estante.


_ Sim porque todos nós somos escritores do nosso próprio livro, da nossa própria história.

Esta história é a nossa "VIDA"
E, o meu livro continua a ser escrito, em capítulos, com as mesmas personagens.
Escrevam os vossos livros, da melhor maneira, sem mágoas, com magia, com sonhos à mistura, e verão__________ o Amor acontece e o livro terá um Final Feliz.
Este pequeno texto não é mais que uma reflexão simples da vida, da vida de todos nós.



Isabel Cabral



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ESTROFE

Epigrama

Nuno Júdice

Abro-te a porta do poema; e tu
espreitas para dentro da estrofe, onde
um espelho te espera.


E NUM DESAFIO SENTI-ME TENTADA A ENTRAR
 
A porta do poema estava aberta
olhei em redor
queria entrar na estrofe
mas algo me puxava para trás
de facto o espelho
estava mesmo ali
como se estivesse
à minha espera.

Tive medo,
senti-me insegura
não queria ver
o que estava para lá daquela porta
de pedra fria.

Não entendia nada,
era uma imagem turva
onde os sentimentos se confundiam
entre músicas e palavras breves,
porque o meu espelho
era como a água do mar
refletia serenidade
beleza,
e eu não sabia
se aquele que estava
diante de mim
para lá daquela porta fria
me mostraria
o que eu tinha medo de ver!!!

Isabel Cabral

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

NOSTALGIA OUTONAL

 
Dias que se preenchem no silêncio das palavras entre sorrisos e lágrimas dos dias que custam a passar.
 
Através da janela fechada foscamente embaciada observo ao longe o mar e chega-me o cheiro de um mar distante, a sirene do farol em dia de nevoeiro, mar que me perturba, que me faz bailar entre espumas e brancos rendilhados, lençois de linho lavados, cheirosos, perfumados pelos corpos dourados do sol nascente de outras estações, numa vontade desenfreada de vida.
Agora bailam folhas que me escorregam debaixo dos pés mais calçados, pesados, que outrora leves como o fui, um dia bailarina, e nas sapatilhas cor-de-rosa, era ave que voava por entre sonhos, bailados de voos longínquos, gaivotas que partem sem destino, e as árvores despidas de nada, tapetes ficam deitadas onde queria descalça molhar os pés e sentir a água virgem que cai num balancé.
Mas neste ciclo que não pára e roda e roda numa despedida dolorosa até que de novo o Sol desponte outra vez no horizonte em rasgos de vida,  então voltarei a viver numa poesia mais ardente entre outros sorrisos.
 
Isabel Cabral

 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

PARA TI

Na leveza do ser
encostei meu corpo
frágil ao teu
nossas mãos se uniram
suavemente
como um doce pefume
na vontade
de nos termos,
mas na pele
na simplicidade do
olhar
de amar,
um do outro,
isso só bastava,
e no silêncio da noite
gelada
sem mais nada,
assim nos amámos,
e chegou!
Isabel Cabral

quinta-feira, 26 de julho de 2012

ABRACEI O MAR

Ao acordar,
dum dia soalheiro
na árvore com,
seus troncos fortes
imagem de pasmar
na retina fixei,
e logo me imaginei
com braços robustos
abertos para o horizonte,
quis abraçar o mar
como se o quisesse limitar
dentro de mim
porque esse mar azul
que não tem fim
que não tem limites,
que não tem fronteiras,
mas no meu pensar
eu senti
que o poderia ter
só para mim
naquela manhã soalheira
ao acordar.

Isabel Cabral

sábado, 16 de junho de 2012

"Foi nesta dança de bailarina que fui, que aprendi a sonhar e a voar junto às gaivotas na praia"

Isabel Cabral

domingo, 20 de maio de 2012

BOLAS DE SABÃO

Em bolhas coloridas
feitas de sabão
com meus olhos de menina
nelas entrei
eram cores de arco-íris
nelas me deixei ir
e vi coisas incríveis
coisas nunca vistas.

Nos campos vi flores
no mar sereias
encantadas
no ar as gaivotas
que já não eram brancas
vestiram-se de cores fantásticas
então binquei, brinquei
até me cansar
da terra, mergulhei no mar
e nadei com os golginhos
e voei pelo ar
e quis tornar esse momento
infindável
só por ter entrado
numa simples bolha de sabão
que voava, e me levava
com ela
para sítios
onde a magia acontecia.

Isabel Cabral
inédito 20-05-2012

domingo, 6 de maio de 2012

ESTRELA

"Se tu amas uma flor que se acha uma estrela,é bom,de noite,olhar o céu.Todas as estrelas estarão floridas"

Saint Exupéry

sexta-feira, 27 de abril de 2012

PLANETA AZUL

No planeta azul
todos temos
que dar as mãos
como se ele fosse uma criança
mimá-lo, acariciá-lo,
protegê-lo,
onde vivamos todos melhor
onde todos tenhamos um lugar,
onde todos tenhamos  direitos
onde todos somos irmãos,
eu quero ser tua irmã,
ao teu lado poder sorrir
fazer para ti uma canção,
que nos encha o coração
no mar poder nadar
no ar poder voar
o ar puro respirar
e as flores poder cheirar
não mais te prejudicar
e, no transparente
de uma lágrima que corre
na lânguida face
ver o sol abraçar a lua
o som das palavras no coração 
ecoar,
porque eu sou tua irmã
porque tu és meu irmão
vamos os dois lutar,
e o planeta poderá assim
continuar para sempre a viver.

Isabel Cabral

quarta-feira, 25 de abril de 2012




"QUEM MORRE PELO PROGRESSO DOS CONHECIMENTOS OU PELA CURA DE DOENÇAS SERVE A VIDA MESMO COM A SUA MORTE"

(Saint-Exupéry, Terra dos Homens)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

MALMEQUER



Num malmequer
plantado,
no jardim do coração
enchi minha mão
fina e delicada,
do pólen encantado
que foi lançado de novo
na terra mãe
para de novo enraizar
bem lá no fundo chão,
e na Primavera
vindoura,
outros malmequeres
desabrocharam
e a terra embelezaram
porque semente deitada
de novo à terra
rebentos deram.

Isabel Cabral

sábado, 3 de março de 2012

PÁGINA EM BANCO



“UMA PÁGINA EM BRANCO”

O começo de uma página em branco, em branco porque não sei o que escrever, não pode ser preenchida, porque ainda não descobri o que deverei escrever, são lacunas da vida, não têm  significado, ainda não foram decifradas.

Não são explícitas, onde estou é impossível explicar certas coisas, não sei, não consigo explicar, esta página em branco. Acabei de ler esta frase talvez nela esteja alguma resposta a esta página em branco.
“Para que possa surgir o possível é preciso tentar várias vezes o impossível"
                                 (Nuno westwood)

 mas será que consigo perceber o impossível, para chegar ao possível?
Talvez esteja aqui a resposta à minha página em branco. Mas é supostamente nesta página em branco que provavelmente digo muita coisa, compreensível para algumas cabeças, cabeças mais abertas, porque o branco é transparente, o branco diz tudo, uma rosa branca, uma folha de papel branco, uma nuvem, a espuma de uma onda, tudo em branco se percebe.

Quando sou consiza, quando falo de sorrisos, de afetos toda a gente entende, estou feliz, não há de facto nada para explicar, sou explícita, frontal, sou tão previsível, tão transparente, tão sensível, que até eu tenho pavor disso, mas existem coisas complexas, sem respostas, ou então eu ainda  não as encontrei. A única coisa que sei, de que tenho a certeza é que dói, dói muito e eu não queria que doesse, porque no fundo, no fundo sou assim transparente como a água do riacho, como a lágrima que se solta num momento de tristeza, ou felicidade, uma gota de àgua da chuva, sempre soube estender a mão, sempre soube dar o tal abraço, e esta página em branco vai seguindo o seu caminho sem explicação, porque ela é branca não se vê, só se sente, está dentro de nós.
Ela é o rio que corre no seu leito, ela é a lágrima que corre pela cara de alguém, ela é a chuva que cai de mansinho na janela do meu quarto, e através dela eu vejo tudo, tudo passa a ser claro, porque também ela é transparente, e então a página em branco já não é branca encheu-se de letras, de palavras, e disseram alguma coisa, já não são incompreensíveis, disseram algo e esse algo é tão igual a mim como a página em branco, como a sua transparência, e nessa transparência eu me revelei.

Isabel Cabral

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012



"Uma folha de papel branco torna-se nossa cúmplice nos sentimentos e nas emoções”



Isabel Cabral

sábado, 4 de fevereiro de 2012



" EXISTEM PESSOAS LINDAS À NOSSA VOLTA, É PRECISO DESCOBRI-LAS"

Isabel Cabral

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

BOM DIA


Como é bom num dia de sol
receber um BOM DIA pela manhã
um Bom Dia desinteressado,
só porque é bom,
só porque é preciso
sempre quis fazer dos meus dias
um Bom Dia
cruzar-me numa rua qualquer
com uma pessoa qualquer
e ouvir "BOM DIA",
Com um sorriso,
mas tantos, é estimulante
alguém anda por aí
a precisar de Bons Dias?
A lágrima que rolou durante a noite
secou, cristalizou, partiu-se,
seguiu para um outro lugar

só porque alguém disse BOM DIA
e Sorriu!!!


Isabel Cabral