segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

MADEIRA

MADEIRA

Oh, Madeira, Madeira,
pérola abençoada,
do oceano nascida.

"Jardim à beira mar plantado"

com teus jardins coloridos,
tuas flores, cheiros e perfumes
mágicos,
das águas azuis, brancas espumas,
se tornaram negras,
e a morte desabou
em fortes turbilhões,
e gelou corações
e dos olhos lágrimas verteram
água límpida, simples,
a contrastar com os medos
petrificados, gelados.

O paraíso tornou-se inferno,
mas o sol brilhará de novo
as flores irão desabrochar
numa onda de amor.

A terra voltará a cheirar
não a morte
mas num perfume inebriante
em cores de arco-íris,
e, Madeira, Madeira,
voltarás brevemente
a SORRIR!!!

Isabel Cabral

10 comentários:

alegria de viver disse...

Olá querida
É sempre muito triste quando vemos destruição, mas se Deus quiser logo as plantinhas brotarão novamente, para colorir nossos olhos.
Com muito carinho BJS.

ematejoca disse...

Hoje estive a falar com uma familiar, que viveu muitos anos na Madeira (agora vive no Porto), mas ainda tem muitos amigos lá.
Foi uma grande tragédia o que aconteceu ao nosso "Jardim à beira mar plantado", que agora só cheira a lama e à morte.
Primeiro Haiti agora Madeira - parece que Deus anda chateado com a Humanidade.

Maria Emília disse...

Um poema muito muito bonito e tal como diz Maria Bethânia numa canção que muito gosto:

As flores do jardim
Da nossa casa
Morreram todas
De saudade de você
E as rosas que cobriam
Nossa estrada
Perderam a vontade de viver...
Eu já não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu prá mim
Não! Não! Não!
Não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu prá mim...
As coisas que eram nossas
Se acabaram
Tristeza e solidão
É o que restou
As luzes das estrelas
Se apagaram
E o inverno da saudade
Começou...
As nuvens brancas
Se escureceram
E o nosso céu azul
Se transformou
O vento carregou
Todas as flores
E em nós
A tempestade desabou...
Eu já não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu prá mim
Não! Não! Não!
Não posso mais
Olhar nosso jardim
Lá não existem flores
Tudo morreu prá mim...
Mas não faz mal
Depois que a chuva cair
Outro jardim um dia
Há de reflorir!
Oh! Oh!...
Um beijinho,
Maria Emília

Unknown disse...

Ninguém poderá prever ou evitar estas calamidades. São acontecimentos naturais que devemos respeitar e tirar as devidas conclusões.
Não conheço a Madeira.
Pelas imagens parece tratar-se de um verdadeiro paraíso onde as pessoas se adaptaram às colinas e encostas construindo as suas casas nos recantos e transformando tudo num jardim.
Que fazer futuramente para viverem melhor e com mais segurança...?
Parece ser um pouco difícil pois quando se trata de uma tromba de água leva tudo na frente e nada resiste.

BC disse...

Olá Maria Emília, obrigada pelo poema que não conhecia, irei quando poder ver porque deverá estar em vídeo ou em canção????
Beijinho

Conceição disse...

Olá!

Já não passava aqui há algum tempo, mas valeu a pena voltar para me deslumbrar em teus poemas.
Infelizmente,coisas tristes acontecem, e nem sempre é só aos outros... vamos ter esperança que tudo ficará bem, se bem que igual nunca será no coração dequem perdeu alguém. Beijinho

Licas disse...

A mim faz-me muita impressão pois no final do ano estive naqueles locais, bebendo da sua frescura e graciosidade. E agora?
Creio que os Madeirenses são fortes e com a ajuda de todos vão sair deste lamaçal e as flores regressarão ao seu jardim. Entre elas está a nossa "Joaninha" dos Desabafos d' Alma, com quenho estado em contacto permanente. Felizmente com ela e familiares tudo não passou de um susto.

E por cá?

Também muitos caminhos de tristeza e dor...

Por falar em dor ...
Quando nos dá, Isabel notícias da nossa homónima?

Beijinhos
Licas

Viviana disse...

Querida Isabel

Eu sabia.

Eu sabia que o seu coração iria segredar-lhe palavras de uma imensa beleza, e sentimentos muito profundos e belos, sobre a nossa querida Ilha, que é realmente de uma extrema beleza e sonho.

Obrigada porque repartiu aqui conosco tudo isso.

Tocaram-me as suas palavras, amiga.

Eu também acredito.

Acredito que muito brevemente aquele querido povo, irá fazer renascer a verdadeira Madeira.

Vive lá a minha sobrinha Susana, e a minha irmã Esperança, passa lá com a filha a maior parte do ano.

Juntamente com o meu cunhado , mostraram-me a Madeira de lés - a -lés.
Conheço todos aqueles lugares que vimos nas noticias televisivas.
Guardo belíssimas recordações de todos eles.

Que Deus abençoe a Madeira e o seu povo.

Um abraço, boa amiga

viviana

AFRICA EM POESIA disse...

Isabel
Mesmo longe sinto que estas perto...



50.000 Visitas
obrigada ,,,
deixo um beijinho



ACONCHEGO




Poesia...
Tantas vezes...
Tão pequenina...
E que tanto...
Encerra...

...

Hoje...

...

Sem nada escrever...
Apenas a pensar...
Sinto que...
Apenas a poesia...
É o meu aconchego...

LILI LARANJO

Sônia Brandão disse...

Seu poema nos mostra que a dor também nos torna criativos.
Que esse triste acontecimento seja superado e que as pessoas atingidas sejam reconfortadas e não percam a esperança.

bjs