Hoje mais uma vez caminhei
e me sentei na areia
olhei para a linha do horizonte
aquela linha tão ténue
entre os azuis do céu e o mar
gostaria de lá chegar
e a ultrapassar
descobrir o que existia do outro lado
daquele horizonte misterioso.
Entre as mãos segurei na areia
que velozmente me escorregava
por entre os dedos
e era tão fina, tão fina
que conseguia identificar naqueles
finos grãos, búzios e conchas brilhantes
que eu não conseguia perceber
de onde vinham.
A água a correr, as ondas a bater
o vento na cara a sussurrar-me
canções celestiais
numa tamanha perfeição
que só era mesmo sentida
dentro do meu coração.
E então fechava os olhos
e naquele silêncio
eu podia ouvir, olhar e sentir
tudo o que se encontrava
à minha volta
que só podia ter sentido
criado por alguém muito especial
alguém divino
para me deixar ver
escutar e sentir
tanta beleza à minha volta.
O significado de coisas que parecem
não ter importância,
mas são essas coisas simples
maravilhosas e deslumbrantes
que descobrimos nesses momentos
que são só nossos
de silêncios, que nos fazem pensar
que não estamos sós.
Ao cair da noite, ainda sentada
na areia
lá longe no horizonte
uma estrela apareceu
e me vem fazer companhia,
ela brilhava, cintilava
e com ela segui
até que adormeci serena
deitada na fina areia
até amanhecer num novo dia.
Isabel Cabral
quarta-feira, 23 de junho de 2010
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9 comentários:
Minha querida Isabel,
È na simplicidade das coisas que encontramos a maior grandiosidade.
Eu não me canso de pensar assim e não me engano,com certeza.
Ele criou algo divino e maravilhoso mas nem todos conseguem aprecerber-se disso pois não plham para as coisas simples que trazem tamanha alegria,mesmo quamdo estamos tristes.
As suas palavras dizm tudo e eu as adorei.
Bjinho cheio de luar
Como já tinha dito no facebook...gostei embora ache um pouco triste.
Beijinho
Já no post anterior também senti tristeza nas suas palavras...
Um poema belo ,
um apelo à contemplação,
ao indizível,
Àquele que nos criou
e ama de como seres únicos
e irrepetíveis.
Um olhar no horizonte
de beleza infinita.
Beijinhos =)
andar pela areia, sem rumo... cheirar e sentir a maresia...
sentar, deitar, adormcer...
momentos de solidão, tristes, talvez, mas bonitos!
beijinhos
Olá amiga!
Quem me dera poder dizer o mesmo, dizer que hoje caminhei e me sentei na areia, mas infelizmente estou com o pé partido por isso areia nem vê-la nos próximos tempos, mas vim aqui ver os teus poemas que são sempre tão lindos. Também escrevi um poema para o David, está lá no blog, se quiseres deixa a tua opinião que eu vou gostar muito de ler. Beijinho
O poema cometo quando tiver o meu portátil ao meu dispor. Aqui, tenho
o portátil mais vagaroso do mundo, e só, quando estou em Vila Nova de Gaia.
A minha familiar alemã partiu ontem para a Alemanha, e, enquanto ela esteve aqui, fiz só aquilo que ela queria, por isso não fui ao São João, nem à Feira do Livro.
Beijinhos de Vila Nova de Gaia.
Com um beijo
Tenho selo para ti e muitas...
Saudades
É belo estar sentado na areia, vendo "a linha do horizonte". Bonito poema. Abraço.
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