
transparente, translúcido,
atirei uma pedra à água
e mil gotas se desprenderam
numa beleza rara
numa liberdade solitária
como se quisessem voar
e fugir do seu destino perfeito.
E da flor uma gota
de orvalho escorreu,
numa beleza rara
como se de uma pérola
se tratasse
um diamante lapidado
pelas mãos
do mais perfeito artista

Faziam parte de um todo,
numa beleza rara
que não sabiam onde
íriam parar
mas se desfaziam no rio,
e correriam juntos
num mesmo percurso
correndo, deslizando,
como seria bom com elas viajar.
Não seria uma lágrima
mas uma beleza rara
transformada em água
correndo, brincando
até ao fim da jornada,
e eu na gota me vi
num espelho
chamado Natureza.
Isabel Cabral
E as gotas de chuva escorreram, as lágrimas escorreram e seguiram o seu caminho, o seu destino!!!
(agendado desdo 05/06/2009)