Como soube desta iniciativa somente no sábado, e não me apercebi da data, seria muito pouco tempo para escrever um texto, ou um poema porque é onde me sinto mais à vontade, e gostava
que fosse sempre da minha autoria, e o tempo escasseava.
Mas como para mim os prémios não são o mais importante, mas sim divulgar iniciativas deste género, acabei por escolher um poema já publicado que retrata a exploração das crianças nos nossos dias nalguns países, deste Nosso Mundo conturbado.
Acima de tudo é urgente que em todas as situações se deva utilizar, demonstrar e é urgente que gritemos e digamos uma palavra muito simples em qualquer circunstância. E essa palavra chama-se "AMOR."
Amor para com os mais carenciados, amor pelos deficientes , amor pelos diferentes, amor pelos velhos, pelas crianças, que são o" FUTURO."
E cá vai o poema:
"Meninos Combatentes"
Na mão de uma criança
uma arma carregada
foi colocada
alguém lha deu
menino combatente,
ignoraram essa pequena vida
ainda não desabrochada,
ainda não vivida.
Menino combatente,
às mãos dele alguém morreu,
sem sentido, sem explicação,
uma bala se perdeu,
foi direita ao coração.
Sangue e terra,
terra e sangue
uma vida acabada
aos bichos entregue.
Que lutas são essas
que mobilizam crianças,
crianças inocentes.
Um menino com uma arma,
uma menina assustada,
que por ele foi violada
e de novo
sangue e terra,
terra e sangue
menino combatente.
Quem sabe, se o menino
a arma não tivesse,
se apaixonasse
se apaixonasse
pela menina assustada
e ambos se amariam,
e esse amor se despiria
e esse amor se despiria
da morte, do sangue, da dor.
Tu morte, não existirias
sem guerras, sem lutas.
Do amor do menino da arma
Do amor da menina assustada
um dia outra vida desabrocharia,
e só o amor resistiria.
Isabel Cabral
13 comentários:
Olá Isabel,
Muito lindo e actul este seu poema, boa amiga.
Quem dera que assim n~sao fosse...
Tenhmos esperança.
Um braço
viviana
mais palavras a acrescentar às tuas, só mesmo de esperança na paz e no sossego de cada casa para que todos cresçam com armas de amor!
beijinhos
Um belo poema real, muito real. Preciso! Abraços
Querida amiga Isabel
Gostei muito do seu trabalho e estou espantado, até agora, claro, pois reparo que a sua publicação tem algo em comum com as da Fernandinha, Maria Dias e a minha: a interrogação!
Beijinho grande.
António
Isabel
Será que essa criança a quem um dia puseram uma arma carregada na mão, se conseguirá um dia libertar dela e substituí-la por outra arma chamada AMOR?
Queria ter mais esperança, mas... interrogo-me, por isso, muitas vezes.
Beijinhos e parabéns pelo poema que recordei logo que o comecei a ler. São daqueles que ficam a morar connosco.
Beijinho e uma boa semana
MV
Muito bacana, forte e verdadeiro.
Emocionante e cativante a imagem.
O poema incrível
Belo post. Muito legal aqui
Bjs,
Chris
Isabel,
Muito boa sua escolha.
Na atualidade, existem muitas crianças que são excluídas do convívio social e familiar por estarem reféns de alguma guerra. E, o que é pior, ainda são usadas como "soldados" do mal.
No Brasil não há guerras declaradas como existem no Oriente Médio, mas há cidades em que as crianças são postas no fogo cruzado, na guerra entre polícia e bandido.
Lamentável isso.
Parabéns.
maravilhoooooooooooooooso!! que poema profundo e nos faz refletir ainda mais a respeito de tudo isso. parabens pelo post!!
abraços
tbm estou participando, dá uma olhadinha lá.
Isablinha
Como sempre atenta, como sempre actual.
A este poema eu respondo com uma pergunta de um aluno meu, num dos bairros mais problemáticos da cidade do Porto, onde a palavra Inclusão foi há muito excluída do dicionário.
- Professora, porque é que os filhos dos ricos são sempre bonitos e têm sempre razão?
Um abraço
Licas
Fiquei muito feliz por ter aceite o meu selo de Cristal.
Acho que lhe é devido.
Licas
Olá Isabel,
Muito bem lembrado...Crianças q desde cedo são instigadas para a violência.Será q um dia a guerra nestes países cessará?Como poderia se já ensinam a criança tamanha crueldade?Enquanto o mundo pede paz lugares como este clamam por sangue!
Beijinhos e obrigada por comentar no meu Avesso
Isabel amiga!
que poema tocante este!!
Excelente exemplo de, nesse caso, exclusão social,
com certeza temos muito que caminhar ainda rumo as mudanças tão almejadas,
mas não podemos desistir, e que não nos falte as forças e a coragem para persistirmos,
bjs e obrigada pela sua singela participação!
Um poema dolorido, amiga.
É de arrepiar.
Que tristeza, mas que tristeza imensa se apodera de mim.
Um beijo magoado - me fizeste sofrer.
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