segunda-feira, 28 de julho de 2008
Tribo de Afectos
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Cantarei
E foi este o mote do meu blogue:
Formar uma "Cidade de Afectos"
Espalhar Sorrisos
Dizer Palavras
Brincar com as crianças com pequenos poemas
Fazer Amizades
Lutar pela Paz
Lutar contra a diferença
Lutar pela indiferença
Seguir por uma estrada de Aguarelas
Espalhar a Música
Fazer um mundo diferente
Não sei se consegui mudar alguma coisa, mas tentei, pelo menos ficou uma caixinha de afectos.
Deixo-vos com a música que diz tudo, e será esta música que eu cantarei, porque cada vez seremos mais onde quer que nos encontremos.
E como sempre gostei de pintar as palavras, ficam pintadas com as cores do "Nosso Mundo"
O AZUL E O VERDE - O MAR E A TERRA
Isabel Cabral
Um blogue de palavras, de afectos, e muito amor à mistura
Ficará para sempre dentro de mim!!!!quinta-feira, 24 de julho de 2008
Sorriso vai à praia

terça-feira, 22 de julho de 2008
Palavra

gravei, sorrindo, como se fora um grito,
uma palavra simples de esperança.
E as minhas veias foram arco-íris,
círios e fontes e asas quando vi
que, na pétrea aridez do seu destino,
parou a soletrá-la, uma criança.
Mariano Calado
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Boneca de trapos
domingo, 20 de julho de 2008
Apenas uma pausa

não foi fugir, não foi calar
apenas um intervalo,
apenas um pouco de silêncio.
Entre palavras e histórias,
bem ou mal contadas
mas sempre palavras,
imaginadas, sentidas,
calculadas, confusas,
transmitidas, vividas.
Não foi fugir, não foi calar
apenas um intervalo,
apenas um pouco de silêncio
Incandescentes, envolventes,
surpreendentes, resplandecentes,
divergentes, convergentes,
desconcertantes, sorridentes.
Não foi fugir, não foi calar
apenas um intervalo,
apenas um pouco de silêncio.
Isabel Cabral
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Uma criança de olhos tristes
Se vires uma criança de olhos tristes,
procura descobrir-te nesses olhos
como se tu próprio fosses
um altar
rasgado sobre o mundo
e te pudesses debruçar
sobre o teu próprio mundo.
Hás-de sentir, então
dentro de ti
um sol de primavera
e descobrir,
feliz, no arrebole
dos olhos tristes da criança triste,
a luz primaveril do próprio Sol !
Mariano Calado
terça-feira, 15 de julho de 2008
O caderno
Estaremos sempre presentes, desde a concepção.
Estaremos sempre presentes, desde o b-a-ba.
Pai e mãe é para isso mesmo.
Podemos dar mimos sem sermos obsessivos e formarmos adultos sãos, independentes, como eu digo muitas vezes, e alguém já o disse primeiro, ninguém é de ninguém.
Os filhos têm que aprender a voar e as nossas mãos são como almofadinhas, estão sempre lá mas de uma maneira muito soft, vão amparando, vão aconchegando sempre que eles precisam de nós,
fazendo festinhas, acariciando o cabelo, dando beijinhos, estar presente sem sufocar.
Em todas as ocasiões da vida, nós estaremos a seu lado, porque filhos são a melhor coisa do mundo, são as nossas pedras preciosas, são a nossa riqueza.
São o brilho dos nossos olhos, são o nosso orgulho.
Obrigada meus filhos por tudo o que me têm dado e por tudo o que me têm ensinado.
Obrigada por tudo o que me continuam a dar, e por tudo o que me continuam a ensinar.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Alentejo
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Teu nome

com conchas cor de marfim.
Veio o mar, e não mais as vi.
Rumaram para outro lugar, sim,
para outras viagens, para outras paragens.
Lá longe, outras pessoas,
outras histórias.
Escreveriam outros nomes,
quem sabe igual ao teu,
que já era também meu.
Quis que ficasse gravado,
mas mesmo que fosse levado,
já tinha sido cravado.
Na terra, que foi semente,
e da semente,
que foi flor,
essa flor que nasceu
de um nome,
feito apenas de amor.
E do amor nasceram,
outras flores, outros frutos
que continuaram
sempre a escrever seus nomes
na areia do ser,
apenas um nome escrito,
com conchas cor de marfim.
Isabel Cabral
"RAIVA IMPOSSÍVEL"
Hoje, apetecia-me escrever, escrever,
coreografar o baile de mil e um poemas,
parir mil versos, todos eles prenhes
da minha dor e da minha esperança.
Mas, por meu mal, a dor e a esperança
são já palavras que ressoam frágeis
na força que eu quisera que tivessem.
E é aqui que ferve a minha raiva
pela impotência para me dizer
tudo o que sinto, por palavras outras
que outros não tenham dito alguma vez.
Raiva de não poder ser o que sou,
raiva de ter de ser o que não quero.
Hoje, apetecia-me escrever. escrever....
Mariano Calado
Partir eu sei que vou....
Regressar talvez,
"abrir os braços e poder voar,
como quem era
e sou"
Isabel
Casa do povo

Há dois dias atrás ao ler no blog da minha amiga Viviana, um texto sobre uma colectividade que tinha aberto na terra dela (Mira Sintra), onde se pode conviver e aprender, um centro de cultura
que pode ser exemplo para muitos outros locais deste nosso país, onde falta tanta coisa.
E como não podia deixar de ser lembrei-me logo das "Casas do Povo", existentes há muitos anos atrás em quase todas as aldeias por esse país fora.
Claro que a primeira de que me recordei foi de Sabóia, onde passei longos anos de férias, aldeia alentejana, perto de Odemira. Sabóia dependia essencialmente da agricultura, pecuária e outros pequenos comércios.
Em Sabóia, faço um especial destaque para a barragem de Santa Clara onde na nossa adolescência e pré-adolescência passámos bons bocados a pescar no rio Mira e em aventuras que agora não vou relatar em especial, porque o assunto de que me lembrei foi de facto as "Casas do Povo".
Uma das minhas tias foi lá professora desde que acabou o seu curso até ao fatídico dia em que um acidente a caminho de Sabóia, lhe ceifou a vida, atropelada quando ia comprar flores para o
jardim da sua casa em Sabóia.
Mas, em Sabóia a população que não chega aos 1500 habitantes, na sua maioria idosos (já naquele tempo) ganhava uma vida especial no Verão pois os meninos de Lisboa iam visitar os avós, tios e outros familiares e junto com outros jovens (poucos da própria aldeia), fazíamos coisas deliciosas de que ainda hoje sinto o cheiro e o sabor, de aventuras de crianças inocentes que brincavam com um prazer desmedido desde o nascer do sol até ao pôr do sol e com algum
jeitinho prolongava-se pela noite, naquelas noites quentes alentejanas, no adro da igreja, ou noutro lugar similar, e aí entra precisamente a "Casa do Povo", onde a população se juntava para tomar a bica e desfrutar de amenas conversas depois de um longo dia de trabalho no campo.
Nós crianças para além de pescarmos bogas na barragem, íamos apanhar sapos para o rio, coisa que eu nunca fiz porque me fazia imensa impressão, mas eram sem dúvida dias bem passados.
Nos dias de festa os famosos bailaricos, na" Casa do Povo", onde toda a gente bailava ao som de conjuntos muito desajustados para nós pois achávamos aquilo uma grande pirosada, mas que pirosada de que hoje sinto uma certa nostalgia.
Tudo acabou, as pessoas foram partindo, jovens nem vê-los, e ao longo dos anos Sabóia tornou-
para grande desgosto meu, e de tantos que lá passaram bons momentos, uma das aldeias, se não a aldeia com mais suicídios existentes em Portugal.
A "Casa do Povo", certamente como outras coisas fechou, morreu de velha, e os idosos, os idosos
ficaram a morrer desgraçadamente em casa à espera da sua hora, sem crianças, sem jovens que outrora fizeram tantos Verões, naquela e noutras aldeias como aquela.
A tristeza passou por ali e nunca mais foi embora. Os gritos das crianças da escola já não se ouvem.
A música dos bilaricos "pirosos", já não se ouve.
Onde está toda a gente, que um dia fez parte daquele cantinho maravilhoso, onde eu e tantos outros gostaríamos de continuar a pescar no rio e a dançar ao som das músicas mesmo que fossem "pirosas" nas "Casas do povo"
terça-feira, 1 de julho de 2008
Avó Pirueta

Algures entre a Europa e a África,
a avó faz a diferença.
Vai andando e ensinando,
suas palavras, espalhando.
De geração em geração.
Um sorriso franco aprecia,
e o recebe com alegria.
À blogosfera chegou,
e logo nos encantou.
Nada fica por dizer,
ninguém tem nada a perder.
As palavras ditas,
são puras escritas,
através de um clicar.
E entre a Europa e a África,
não demoram a chegar.
De Luanda vai partir,
e eu já começo a sentir.
De palavra em palavra
"o olhar de uma poetisa para outra poetisa"
Vamos continuar a brincar
e com elas saltar,
e também voar,
e de sorriso em sorriso continuar a andar,
pela estrada de aguarelas,
que não mais se vai separar.
Porque, entre a Europa e a África
A partir de agora,
Estamos à distância de um simples clicar.
Isabel Cabral