quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Quando


Para uma amiga, muito especial, que não vou dizer quem é, ela saberá.
Este poema vai directamente para ela, porque eu sei que vai gostar.

Quando um pedaço de céu chegar pra cada um
e todos nós pudermos ter os astros;
quando um pedaço de pão chegar pra cada um
e todos nós pudermos ter ceara;
quando o calor do sol sorrir em cada olhar
e cada um tiver estrelas pra brincar;
quando as armas de morte forem feitas de abraços
e, de cada prisão, puder fazer-se um beijo;
quando, todos, serenos, formos todos num só
sem deixarmos de ser, em todos, cada um;
quando soubermos sentir, nos outros, quem nós somos,
sendo, nós mesmos, onde os outros são;
_ as sombras serão luz,
a nuvem sol,
a guerra será pão,
o ódio amor,
as dúvidas certezas,
erros, nossos desejos fundos de verdade,
distâncias, nossa vontade forte de ser perto.

Mariano Calado


11 comentários:

Fátima André disse...

É lindo este poema do pai Mariano. Traduz tão bem bem os meus desejos e sentimentos. Seremos todos tão mais felizes "quando soubermos sentir, nos outros, quem nós somos..."
Obrigada pela partilha e por esta Luz de Esperança que me trouxeste no início de mais um dia.
Está nas nossas mãos o nosso contributo...
Beijinhos e Sorrisos Tribais :)

Anónimo disse...

Não conseguirir exprimi-lo tão bem como tu, nesta sublime escolha. És tão grande por dentro!!!

Leva o meu award para a tua casinha se quiseres, seria para mim uma honra...

Obrigada por partilhares este texto, tocou tão fundo =)


Beijinhos =)

Anónimo disse...

Minha cara Isabel, acabei de ler o comentário que deixaste no Raúl. Como as tuas palavras sao exactamente as minhas, tenho que vir aqui dizer que apesar da nossa amizade ser virtual há valores iguais que nos unem.

Estou de fugida! Hoje vou à inauguracao de uma exposicao muito importante para Düsseldorf, refiro-me a ela no "ematejoca", e tenho que me por "bonita".

Quando regressar vou ler com calma o poema. E já estou feliz por causa disso.

BC disse...

Claro que não me importo Kleine, e já lá está, como podes ver.
Beijocas

Viviana disse...

Olá Isabel,

Belíssimo este poema do seu pai.

Gostei tanto de o ler e de o sentir!

Obrigada

um beijo
Viviana

BC disse...

Vá lá Teresa, ponha-se bonita (já é)para ir para a festa, sua marota e depois diga alguma coisa.
À PROPOS, AGORA ESTAVA-ME A APETECER UNS DOCINHOS, VÁ-SE LÁ SABER PORQUÊ.
Gulosa que eu sou.
Divirta-se

Anónimo disse...

O poema do seu pai vai-me salvar a noite. Vou le-lo alto até ir dormir. Se há uma pessoa que gostasse de conhecer era o seu pai.

Nestas inauguracoes uma pessoa nao se diverte, só há palavreado... a comecar pelo Presidente da Camara (bem, votei nele, tenho que me calar)e por aí fora...
Nao há docinhos, só bebidas.
É uma "Feira de Vaidades"!
Mas a exposicao é extraordinária. Vale a pena, dar um salto a Düsseldorf para ve-la.

Como recompensa desta noite vou ler mais umas vezes este formoso poema.

Boa noite!

1/4 de Fada disse...

Admiro imenso quem consegue exprimir sentimentos tão belos com palavras tão perfeitas. Um presente magnífico. Beijinhos.

Marta Vinhais disse...

Palavras doces, sinceras...
As estrelas no olhar...sempre...
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços
Marta

gaivota disse...

isabel, o teu pai é um "doce"
agora já no fim do torneio a que vim assistir e participar, regresso ao nosso cantinho...
um dia destes tenho que ir à minha casa à Parede trazer o espólio final...e tentar acabar a mudança e arumações...(eternas)!!!
quem sabe, poederemos ver-nos(?!?!?!?!)
beijinhos

f@ disse...

Quando os abraços fizerem esquecer as armas e todos tiverem pão já o sol brilhará em mto mais olhares...
poema mto belo
beijinhos das nuvens