Para ela com carinho olhei
E tentei desvendar toda uma vida
Dentro daquela concha
Pequenina, indefesa
Dentro dela uma pérola
Só vista de quando em vez
Quando involuntariamente se abria
Para respirar a maresia
Vinda do mar tão grande
Onde se sentia perdida
Mas outras conchas viriam
E a seu lado ficariam
Numa fraterna harmonia
Durante a noite e o dia
Buscariam outras pérolas
Dentro de si mesmas
Porque para elas
Bastava saber que não
Eram vazias
Alguma coisa brilhava
E, vinha de dentro
E mesmo não visível
A pérola brilharia
Para sempre.....
Isabel Cabral
12 comentários:
Eu, tal como outros de certeza, sinto-me essa concha que tiveste na mão e ias embalando até trazeres outras conchas para me fazerem companhia.
Foste uma parte importante da saída da minha´pérola minha Amiga!
Beijos
Como brilhas!!!
Beijinhos e obrigada pelo teu comentário na minha casinha.
Beijinhos.
As pérolas são produtos da dor. São feridas curadas.
O mesmo acontece nas nossas vidas: se queremos produzir pérolas temos que deixar cubrir as mágoas com várias camadas de AMOR.
Beijos e Sorrisos Tribais :))
Este poema é uma verdadeira pérola.
Temos a nossa poetisa de volta e estamos felizes.
Saudacoes de Düsseldorf!
Que encontremos sempre muitas pérolas e consigamos conservá-las, tão bonitas como esta que tu aqui descreves. Beijinhos.
Um belo poema!
Beijos de luz e um domingo feliz!!!
Temos uma pérola chamada vida,
Quantas vezes a afundamos no fundo do mar,
Gostei muito do teu poema
beijinhos
É o 1º poema que leio teu e achei-o uma verdadeira pérola.
Sempre me fascinaram as conchas e o processo de formação das pérolas.
Esta deve-se só à tua inspiração.
Lindo demais.
Beijinhos e bom fim-de-semana
Há dias em que se pensa que deixou de brilhar...
O brilho pode ser diferente, mas está sempre lá....
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços
Marta
Claro que me referia a si, Isabel.
A quem mais?
Eu gostei de receber o Prémio por 3razoes:
1. Vir da Renard
2. Ser obrigada a escrever em portugues e melhorar o "ematejoca azul".
E também mencionar blogues ou pessoas que me sao queridas.
Saudacoes de Wuppertal!
Claro TERESINHA, é sempre bom receber um prémio, por vezes não pelo prémio em si, mas pelo reconhecimento das pessoas,e se vem de amigos melhor.
Eu fui passar o meu fim de semana a PENICHE com o pai Mariano, como sempre com uma actividade brutal para a idade dele, mas enfim...
Aquili da poetisa Teresa , desculpe, eu queria agradecer e depois de ter feito, pensei, mas que disparate e se a Teresa não se estava a referir a mim, que vergonha, daí o comentário, desculpe
e obrigada pelo título novamente.
Abraço agora já de Cascais.
Isabel
´ olá Isabel,
Estou a reaprender a vir até aqui.
Ainda me parece mentira.
Quanto ao seu poema,como não poderia deixar de ser,é de uma beleza impressionante.
E lá está o mar, e lá estão as conchas, e lá estão as pérolas...
...e tambem lá estão os afectos escondidos.
Obrigada
O meu abraço
Viviana
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