Num breve momento
Derramei uma última lágrima,
que se misturou no oceano,
e não distingui onde ela acabava
e o oceano começava.
Eram sentimentos misturados
entre a raiva e o amor
que vinham do sofrimento e da dor
Na cara da criança orfã chorei.
Na mãe que o filho perdeu enlouqueci.
Se eu pudesse compreender,
o porquê de tanta dor
o desgaste insuportável de um Ser
que ao nascer só queria
que o deixassem viver.
Isabel Cabral
19 comentários:
Ah, como o mundo está a precisar desse verdadeiro amor! Será que algum dia esse sentimento nobre estará no coração de todos os homens?
Fraternal abraço do amigo Gilbamar.
a dor também faz parte da vida
beijos e boa semana
Olá Isabel
A dor será sempre um enigma, incompreensível, no entanto, para os corações mais sensíveis.
Beijinhos e bom início de semana
Isabel
Pois não sei Gilbamar, depende muito das pessoas e da sua maneira de ver a vida.
Os sentimentos , e a maneira de reagir à dor, à perda, varia de pessoa para pessoa.
Eu pessoalmente só muito emotiva, que fazer.
Beijo de uma pessoa sensível para outra (acho que também é pelo que vejo)
Isabel
Infelizmente faz Carla, não deveria haver tantas dores no mundo,especialmente certo tipo de dores.
Umas são mais suportáveis do que outras,mas realmente a vida não é só às cores, também é negra.
Boa semana também Carla
Beijos
Boa tarde Isabel!
A dor é enigmática e imcompreensível porque não se vê, sente-se, e a maneira de sentir varia de pessoa para pessoa, e de facto mexe mais com as pessoas mais sensíveis, mais emotivas, isso
é uma verdade, mas essas pessoas também sofrem mais, apesar de se aprender a controlar muitas vezes essas mesmas emoções ao longo da vida e a conviver com elas.
As dores estão na porta ao lado, no nosso vizinho, no nosso amigo na nossa família!!!!
BEIJOS
Isabel
a dor da vida...
será que é possível deixar alguém viver???...
...
beijinhos
Olá querida amiga
Extraordinariamente linda a sua postura perante a vida, a revelar aquilo que eu já sabia: uma Mulher muito sensível e preocupada com o sofrimento do seu semelhante.
Hoje estou muito feliz porque tive notícias boas em relação ao estado de saúde dessa "Artista Maldita", nossa amiga. Sei que ela nutre uma enorme estima por si. Também, haverá quem não a estime?
Muito obrigado pela sua amizade.
Xi-coração bem apertado.
Mil beijinhos
António
Olá Gaivota, eu não convivo bem com o sofrimento, não tanto com o meu mascom o dos outros, sofro muito, não gosto de ver ninguém sofrer...
Beijos
Isabel
Viva amigo António, seja bem aparecido,anda desaparecido do meu cantinho????
Estou a brincar, mas sinto a falta dos amigos quando não aparecem.
O poema tem um significado muito especial, é dedicado a uma amiga dos filhos que faleceu uma semana antes do Natal, com vinte e poucos anos com um linfoma.
Tocou-me muito, foi horrível, e deixou um bébe com 1 ano.
Haverá sofrimento pior, e aquela mãe, que nunca mais se põe de pé.
Não quero falar nisto é doloroso.
Quanto à Isabel estou muito feliz por ela, MESMO MUITO, MAS EU SOU ASSIM VIVO A VIDA DOS OUTROS TAMBÉM
MUITOS BEIJINHOS TAMBÉM PARA SI E APAREÇA MAIS VEZES.
Isabel
Cheguei agora de Duisburg e vim aqui a ler o poema também atraída pelo quadro do Gustav Klimt.
Que poema cheio de dor e de tristeza. É um poema sobre a guerra? Ou é algo de pessoal?
Fiquei muito impressionada.
Agora é que li na sua resposta, Isabel, que é algo muito pessoal.
Ai, que horror, meu Deus!
O partir de alguém, a cadeira vazia por ela deixada, o som da sua voz, a l´grima que uma vez lhe limpamos, os desacordos que nabtivemos, saõ afinal "TUDO" o que para sempre nos prenderáa ela.
Apebas existe um pequeno nada que atenua essa dor...
É sabermos que jamais sofrerá e que pairará sobre nós como uma nuvem branca e imaculada.
É assim que sinto e preencho todas as minhas cadeiras vazias.
Que saudades!
A densibilidade é saudavelmente sntida e variavel de pessoa para pessoa.
Licas
Olá Isabel
Lindo poema e realista quanto baste.
Nem acredita o quanto me revejo nesse poema. Também eu ainda hoje grito e sinto a dor pela morte de meu filho e de sua mãe.
(Peço desculpe por este aparte)
Beijinhos
Ontem não voltei ao blog Teresa, não fique aflita, estas coisas acontecem.
Foi um acontecimento que mexeu muito comigo pela proximidade e pelo sofrimento brutal que eu própria vivi naquela família,completamente destroçada e imediatamente, escrevi o que me ia na alma naquele momento de dor, para os parentes, para os amigos.
E dói, dói muito especialmente porque são jovens, com uma vida pela frente que acaba assim de um momento para outro, mas acabou.
FOI SÓ MAIS UM POEMA.
Beijos
Isabel
Olá Licas, desde ontem, nós tivemos oportunidade e falar, mas de coisas diferentes, quanto ao poema, os lugares vão ficando vazios, mas a vida continua e outros lugares vão aparecendo na nossa vida.
Beijoca da
Isabel
Anastácio para si será uma resposta diferente não tem que pedir desculpa pelo aparte, eu é que lhe peço desculpa muito sentidas, porque o fiz reviver algo porque já passou e eu não sabia.
Lamento muito amigo, por isso eu tenho que dar estes gritos de "revolta" às vezes, com as minhas dores e com as dores dos outros.
Muitos beijos para si
Isabel
Olá Isabelita
Venho na minha ronda habitual para lhe deixar um beijito e animá-la.
Um bom resto de dia, parece que o frio não é tanto,
Isabel
Querida Isabel,
Obrigada pelo poema.
Acho que posso imaginar o seu sentir de alma, quando escreveu aquelas palavras...
È extraordinariamente belo.
Essa empatia com o sofrimento dos "outros"...é natural em pessoas como a Isabel.
Sofre-se muito por ser assim.
Mas tambem se ganha muito...
Eu digo isto porque sei.
Porque tambem sou assim.
A Isabel nem imagina o quanto eu sofro por "Os outros"...
Creio que o meu coração está doente por isso.
Mas não faz mal, está tudo bem, mesmo muito bem.
Admiro-a muito, boa amiga.
Tenha um quarta-feira feliz.
O meu abraço
viviana
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