E o menino pobre
o brinquedo não teve,
com ele sonhou,
e um improvisou.
Nas mãos de outros meninos
o seu inventou.
De madeira o esculpiu,
com seus deditos pequenos.
Não era esse que ele queria,
mas só esse pôde ter,
de passo em passo,
de sonho em sonho,
o seu sonho realizaria
e o seu brinquedo de madeira
se transformaria,
e teria um brinquedo a sério.
Igual aos brinquedos
dos outros meninos.
Isabel Cabral
sexta-feira, 6 de março de 2009
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17 comentários:
Olá Isabelita
Pobre, mas rico em engenho e imaginação. Os sonhos nascem para se realizarem e com eles outros maiores. É assim que os meninos aprendem a crescer e a transformar a realidade...E o mundo avança!
Beijinho
Isabel
Os brinquedos tradicionais populares caracterizam-se essencialmente por serem manufacturados num contexto doméstico, pela criança ou por um familiar próximo. Coisas do passado que me fazem lembrar a minha infância. Pena é que as crianças de hoje não conheçam, por um lado, esta parte da história e por outro, não valorizem os bens que têm e que conquistam sem esforço. Muitos são os que fazem chantagem com os pais para ter mais e mais bens materiais. Noto isto, essencialmente, em filhos de pais separados. Tempos estranhos estes, ou serão as pessoas e a educação que lhes damos?
Beijinhos e bom fim de semana :)
Que todas as crianças tenham a capacidade de criar o seu próprio mundo, ajustando-se a ele e abrindo-o a outros mundos, para que o MUNDO fique maior e melhor.
Até sempre
Licas
O menino pobre tem a grande riqueza da imaginação. O seu brinquedo tem mais valor do que aqueles comprados nas lojas pelos meninos ricos, que logo ficam esquecidos, trocados por outros.
Beijos.
Desenham-se corpos Inquietos
sem rostos(...)
invisíveis.
Improvisam a alma
Enriquecem a valsa
mergulham despercebidas
Sombras sem fendas
gritam no deserto povoado
expectativa de vida (...)
partes de nós.
...nascemos dotados de imaginação e isso felizmente enriquece qualquer ser humano.
um bjo
Desenham-se corpos Inquietos
sem rostos(...)
invisíveis.
Improvisam a alma
Enriquecem a valsa
mergulham despercebidas
Sombras sem fendas
gritam no deserto povoado
expectativa de vida (...)
partes de nós.
Desenham-se corpos Inquietos
sem rostos(...)
invisíveis.
Improvisam a alma
Enriquecem a valsa
mergulham despercebidas
Sombras sem fendas
gritam no deserto povoado
expectativa de vida (...)
partes de nós.
Não será que se mantivermos a imaginação activa é bom, antigamente só imaginando teriamos brinquedos
beijos
Olá Isabel,
Ao ler o seu poema recordei os meus tempos de criança, em que construia os meus próprios brinquedos...
O meu neto Nuno de cinco anos, tem o quarto cheio de brinquedos.
Mas não imagina o interesse e a alegria, com que ajudou o avô Jorge a construir um barquinho, a partir de uma lata de atum Ramirez, algumas rolhas de cortiça e um pouco de madeira.
E com o avô foi colocá-lo na água de um ribeirinho aqui perto.
Foi lindo1
Obrigada por o belo poema.
Um abraço
viviana
Olá, amiga!
Olhe, hoje em dia, claro que os meninos pobres não têm brinquedos e os ricos montes deles.
Mas, no meu tempo, eram pobre e ricos a fazer os seus próprios brinquedos!
E até era bom. Desenvolvia-se a creatividade.
Mas isto nada tem a ver com o seu poema, que é sensível e interessante.
Bjs
Concordo plenamente consigo amigo Vieira Calado.
Para além de estimular a creatividade, acho que dava um gozo especial, depois de pronto.
E sentir isso acho que é tão bom, ainda hoje quando criamos alguma coisa e a acabamos a sensação é excelente.
Beijo
Isabel
E, aconteça o que aconteça, nunca esquecerá esse brinquedo que esculpiu....
Porque teve um sonho e há quem nunca tenha sonhado...
Lindo, Isabel...Adorei...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
É isso Marta, inventado, esculpido, de madeira de lata de papel.
O que é preciso é nunca deixarmos de sonhar e lutar pelos nossos sonhos.
Sonhar já é metada da felicidade, o querer alcançar algo.
Este menino representa no fundo todos nós, porque os adultos também sonham!!!!
Beijo
isabel
Brincar é ato de criação.
Cadinho RoCo
Querida Isabel!
Claro que vc pode participar! É uma honra,
Já confirmei seu blog na lista da Blogagem Coletiva,
beijinhos!
Não fora às vezes ser pelas piores razões, estes brinquedos que as crianças por vezes criam e o teu poema, seriam uma doçura.
Beijinhos
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