sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Estrela

Pulei, pulei,
quis apanhar uma estrela
e lá pró céu olhei,
e me deslumbrei com tanta beleza,
tanta pureza, tanta leveza.
Eu sabia que era minha,
aquela que mais brilhava.
Um recado, toda a noite
me enviava
lá de cima,
e a lua me olhava
com um sorriso deslumbrante
e um bilhete me mandava,
escrito nas brancas nuvens,
e no céu azul, distantes.
Recebi um papel,
tinha escritas mensagens
que eu, há tanto ansiava,
lá nas minhas viagens
para sítios tão distantes.
Numa nave espacial
eu fui ver a lua, eu fui ver o sol
queria chegar aquele espaço virtual
que mais parecia real.
Lá no mundo das estrelas,
que me davam seus recados.
E via também borboletas,
que voavam em círculos,
e as aves, todos juntos.
E, eu sonhava, sonhava,
por onde andava!?
imaginação, sonho,
uma história, um conto.
Dormitava, acordava,
e tudo aquilo se passava
e se misturava.
No meu coração pulsava
um desejo, uma vontade,
de chegar longe,
onde pudesse pegar
já cansada,
então a minha estrela!!!!
Isabel Cabral

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Charneca

Picasso
Quando eu era menino, na charneca
soltava as rédeas longas de sonhar
do meu cavalo branco de brincar.
Deitava-me no chão, no mato virgem,
banhava-me de urze e rosmaninho,
respirava as canções dos pintassilgos
e, dos grilos, o canto matinal,
jogava a bola com o sol
e as lagartixas tontas, repentinas,
fugiam, lesas,
sob os meus pés descalços.
Que perfume a resina!
Que aroma a eucalipto,
profundo!
Que fragrância divina
a das giestas
onde a gente crescia!
Quando eu era menino, na charneca
parava ali o mundo.
E eu nascia.
Mariano Calado

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Princesa

Como princesa te fiz
uma princesa gerei,
nove meses foram anos.
De luta, suor e lágrimas.
Princesas existem muitas,
com reinos feitos de ouro.
Mas teu reino é um jardim,
feito de Amor e Paixão.
Para mim és a princesa,
bem igual a tantas outras.
Mas por seres minha, e de mim vires,
sendo igual a tantas outras,
és diferente das demais.
Isabel Cabral

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Pensamentos

Fechei os olhos e percebi,
que no meio de crueldades
imperceptíveis.
algumas bonitas histórias vivi.

Entre gestos e palavras,
confusas, baralhadas,
alguma coisa ficou
mas tanto me atordoou.

Versos, poemas, palavras
e de tanta coisa vivida passá-las
para outros, que um dia,
seriam a minha bateria

Onde eu iria buscar
para o meu ser alimentar
e continuar a escrever
e com mil ideias tecer
histórias de encantar.

Uma vida feita de coerência
onde um sorriso se abriria
em cada manhã,
porque na busca de verdades
colhemos por vezes "inverdades"
e como eu queria saber
coisas que não soube ler
e continuo a não entender,

Meu Deus como eu queria
Entender!!!!

Isabel Cabral

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A preto e branco

Sabes Joana, as tuas palavras e a tua imagem a preto e branco, comoveram-me muito, não pude
deixar de pensar em mim, pois já passei por essa perca (doutra forma e com outra idade). Situações diferentes, mas, o preto e branco vai passando suavemente, com o tempo, estas cores
de alfazema, lavanda, com cheiros suaves que te ofereço vão passando aos poucos, a outras cores na nossa vida, não deixando de termos sempre os entes queridos no nosso pensamento, dentro de nós para sempre, e lembrando-nos sempre dos bons momentos, os que foram coloridos.
Quis deixar-te umas palavras, que já escrevi por aí, mas não podia deixar de as escrever de novo, estas, ou outras.

E AQUI TAS DEIXO:
-Para aqueles que conseguem chorar!
-Para aqueles que conseguem sorrir!
-Para aqueles que conseguem voar!
-Para aqueles que conseguem amar!
-Para aqueles que conseguem chegar às estrelas!

Hoje acordei,
e dei comigo
a pensar!
como eu queria voar!!!

Nas asas do vento,
pra lá do horizonte
entre o céu,
E O MAR!!!

Falar com as gaivotas,
com elas poder voar,
e brincar!
e também aprender
A FALAR!!!

Cair sobre as águas
E FLUTUAR!!!
Beber aquele sal
e na areia os pés enterrar!
com elas também no ar
cantar e bailar.
Por aí sempre
A PAIRAR!!!

Para mundos distantes
Onde só eu pudesse
AMAR!!!
Amar quem precisa
de uma mão amiga,
e ir a lugares,
que eu sei que
não vou,
mas!!!
Ai, se eu pudesse
VOAR!!!

Isabel Cabral

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O sonho da minha escola

Ai, tantos anos, tantos, que passaram
depois de, como eu, tantos meninos
subirem os degraus da minha escola!
Quantas estrelas nos olhos
e sonhos, tantos sonhos,
nas minhas mãos serenas,
de criança!
Também eu,
também eu sonhei, na minha escola,
na minha mocidade,
sonhos lindos,
tão lindos,
que hoje não são mais do que saudade!
Deus, se eu pudesse,
havia de transformar esse sonhar,
com um grito de alegria,
num berlinde,
num pião,
numa bilharda,
num veleiro de velas desfraldadas
e molhadas
de sol,
de sal e maresia,
dando-o, depois a todos que inda sonham,
com um abraço amigo de esperança!
Mariano Calado in "A Fuga Do Silêncio"
Pai, desculpe por me ter servido de mais um dos seus poemas, mas às vezes também me bate a saudade.
Se passar por aqui, e eu sei que passa às vezes, OBRIGADA.
E ainda bem que ainda existem pessoas que ainda sonham como nós, e que ainda conseguem ser crianças, puras e ingénuas, como sempre me ensinou!!!!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Poemas/Versos

Não costumo interpretrar o que escrevo. Escrevo e pronto, nem sempre temos algo na mente, as palavras saem naturalmente, e nestes sete versitos, foi o que aconteceu.

Nem sempre é assim, quantas vezes se escreve para uma pessoa especificamente, ou para uma coisa, não foi o caso.
Mas hoje vou tentar fazê-lo, não gosto de deixar ninguém com dúvidas, longe de mim.

Comparemos um poema, ou uns versitos que é o caso, a uma pintura, que poderá ser de PICASSO.
Uma pessoa à primeira vista olha e poderá ver uma figura humana, outra poderá ver um vaso, e ainda outra poderá ver paus e um monte de pedras e riscos.

Provavelmente quando Picasso desenhou ou esboçou, nem pensou numa figura humana, nem num vaso, muito menos em paus e num monte de pedras, mas foi assim que as pessoas o viram e que culpa tem Picasso, ninguém conseguiu interpretar o que ele queria mostrar com a pintura.

O mesmo se passa com os poemas (versos), quando escrevemos nem sempre nos dirigimos a algo concreto, cada um dá a melhor interpretação possível, sai, e pronto.Como está bem visível
o Amor a que me refiro é universal, não Amor entre homem/ mulher, como é óbvio e claro.

"É tão fácil
dar amor
onde só existe dor"
Passo a explicar:

- "onde só existe dor"seja ela de qualquer tipo, pois existem muitos tipos de dor, fisíca, psicológica, "é tão fácil dar amor"por vezes basta uma mão, um gesto, uma flor, uma palavra, e já estamos a dar Amor.
E quantas dessas dores nós já não curámos, ou tentámos curar com o nosso apoio incondicional
a tanta gente, com a nossa generosidade ou não generosidade...depende do contexto e das pessoas em questão.

Não percebo a dificuldade, porque sei tão bem como qualquer um de nós que existe por aí muita caridadezinha, mas não é o caso.

A segunda parte "o que realmente é difícil, é não saber dar a mão a alguém que é teu
irmão".
Também passo a explicar, quantas vezes fazemos, e falo na generalidade, se faz caridade a tanta
gente só porque é bem, pelo oportunismo.
E ao nosso lado existe sempre alguém a sofrer, e nós não entendemos, pura e simplesmente nos borrifamos (passo a expressão) e era tão fácil estender a mão, e nós não vimos, ou não queremos ver.

Não quer dizer que seja um irmão de sangue, mas até pode ser, quantas vezes isso acontece e não é tão pouco frequente como se possa imaginar, viramo-nos egoistamente para o lado, enfiamo-nos no nosso casulo e só vemos o nosso umbigo.
Conheço muitos casos, mesmo entre famílias, e isso é triste.
No fundo, no fundo, existe de facto muita "cultura", mas eu chego à conclusão, que aqui a "burra e a ingénua" sou mesmo eu.
Isabel Cabral

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Dar amor

É tão fácil
dar amor
Onde só existe dor
O que realmente é difícil
é não saber dar a mão
a alguém que é teu irmão

Isabel Cabral

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Unicef

A SOLIDARIEDADE É IMPORTANTE, POR ISSO VAMOS TORNAR A VIDA DESTAS
CRIANÇAS MAIS COLORIDA .
Tão colorida como um papagaio de papel
Isabel Cabral
QUEM SOMOS

Somos uma organização singular entre os organismos internacionais, e singular também entre as organizações que se dedicam às crianças e aos jovens.

A UNICEF adquiriu um estatuto que lhe permite influenciar os decisores e, graças a uma grande diversidade de parceiros, pôr em prática ideias inovadoras.
Por todo o mundo, a experiência que adquirimos ajuda-nos a responder a problemas com que se defrontam.

As crianças e os que delas cuidam ao longo da nossa história, fomos adquirindo um conhecimento profundo das questões do desenvolvimento e da importância que as crianças têm para o progresso.
O nosso trabalho contribui para que as crianças possam desenvolver plenamente todas as suas capacidade.
Texto do google

domingo, 19 de outubro de 2008

Da janela do meu quarto

Através da janela
do meu quarto,
vejo coisas, oiço coisas,
que outrora tão longe
as sentia
Tantas cores que se vão
desmultiplicando,
agora no Outono,
entre os verdes e castanhos
misturadas entre as flores,
de duas se dsdobram
e se diluem no castanho
da terra abençoada
que tantas cores nos dá
ao longo de todo o ano,
cheiro de terra molhada,
folhas caídas, se despem
as árvores aos poucos
numa vergonha
cansada.
Oiço sons, cheiro perfumes
na cara o vento me beija
a chuva me molha
e me aconselham
e o perfume das flores
minhas cúmplices
de que eu retiro mil perfumes
diluídos
da begónia, aos brincos de princesa
das hortênsias à alfazema
e ao longe o mar que bate
e me chama
num abraço profundo
de ondas violentas
que batem com força
e eu desço, e nas algas
me embrulho
no castanho, não da terra
mas do mar misturado com a areia
que traz búzios, que traz algas
e eu não sei se subo ou desço
se é terra, ou mar
só sei que me envolvo
entre cheiros delicados
onde há terra molhada
e um cheiro a maresia
e entre o mar e a terra
eu fico e me afundo
e neles me vejo
e com eles me misturo
todos os dias
da minha vida!!!

Isabel Cabral



Perfume

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O plátano

Para Beatriz aquela árvore fazia parte da sua vida, tal como um bom amigo.
Sempre que voltava de férias corria, antes de mais nada, para a janela do seu quarto, punha os
olhos no plátano como se os quisesse encher de folhas e de ramos e só então é que se achava verdadeiramente de regresso a casa.
Uma vez o pai chegou mesmo a dizer:
"Parece que a Beatriz deitou raízes naquela árvore!"
Pensando bem, era um dito cheio de significado, pois é verdade que nos enraizamos em tudo aquilo de que gostamos, nas criaturas e nas coisas;
e é isso que dá sentido à nossa vida.

Ilsa Losa

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Papagaio, vamos brincar

Era um papagaio,
construído com cores,
multicolores.
Onde se via, encarnado, verde,
laranja, e azul
e tantas outras cores,
numa paisagem tão real,
quatro paus
um losango formaram
e se encaixaram
para dar a forma,
ao colorido papagaio.
Ele iria planar
sempre no ar
nas mãos de uma
criança.
Com ele faz uma
aliança,
brincarem pra sempre
em plena parceria,
e o papagaio
ao céu chegaria
e as estrelas tocaria
pediria um desejo.
Um desejo na garganta
preso,
há tanto tempo,
numa vida suspensa
à espera do tempo
que se tornaria
em mais tempo
para juntos
poderem brincar
pra sempre na praia!!!

Isabel Cabral

Observação:
O nome deste poema não se intitulou papagaio de papel pois já existe um
poema feito para um dos meus filhos que se intitula precisamente "Papagaio de Papel"

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

De novo o Sorriso

Nasceu um Sorriso,
uma Cidade de Afectos também,
mas o Sorriso está só,
e os afectos tão transformados!


Tudo é diferente,
nada é permanente
ficaram palavras
ficaram lembranças
de vidas cruzadas
de vidas partilhadas,
estradas outrora direitas,
são hoje sinuosas,
as aguarelas, essas
perderam alguma cor,
perguntas pertinentes
ficam no ar.


Nas asas de uma gaivota,
partiu um dia o Sorriso
de nó na garganta.


Na lua o recordo,
assim desolado,
e o vento suave
na cara lhe bate
e o leva pra longe
nas asas do vento
daquele lá do sul.


À lua ele foi um dia,
mas de lá voltou,
pois lá não sorria,
nem de noite, nem de dia,
enfim regressou,
para nossa cidade fantástica
a tal dos afectos.


E então, sorria... sorria...
pois já podia
agarrar nas mãos
e no coração guardar
de novo o seu mar.


Com conchas e búzios
voltar a brincar.


Isabel Cabral

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Bom dia

Hoje, como todos os dias dirigi-me ao supermercado, bem cedo, fazer as compras do dia, e habitualmente assim que chego vou à cafetaria tomar um café antes de começar o ritual matinal
das compras.
Eis que no meio de tanta gente chega uma rapariga ainda nova com uma menina, que em princípio seria sua filha e vinha agarrada à mão da mãe. A criança teria uns cinco anos aproximadamente.

Não sei o que a criança estava a fazer mas a mãe dava-lhe alguns puxões, bem desajustados no braço, o que me incomodou, e depois percebi o porquê de tantos ralhetes e puxões no dito bracito.
A criança grita bem alto "BOM DIA PARA TODA A GENTE".

Achei um piadão, como a frase não foi propriamente em surdina, olhei em redor e senti-me noutro planeta rodeada de extraterrestres, como se a criança fosse um E.T. e tivesse praticado algum crime com uma frase tão bonita, a saudar toda a gente, com palavras tão ingénuas.

Como a mãe estava bem perto do sítio onde eu me encontrava a miúda pendurou-se na mesa (mesa de pé alto), e aí mais comedida arregala os olhos para mim e repete "BOM DIA PARA TODOS", ao que eu respondi "BOM DIA PARA TI TAMBÉM", a criança ficou estática, tinha obtido uma resposta, e era tão simples e tão bonito responderem-lhe.
Ali quem se sentiu um E.T. fui eu.
Ao que nós chegámos.
Matar não é crime!!!!!
Saudar as pessoas, parece que é!!!! E logo uma criança......

Que mundo é este???? em que o normal parece errado, e o errado chega a ser quase normal.

Onde irão parar as nossas palavras, os nossos valores, como uma saudação ou um simples olá, quando começa o dia, ou então um simples sorriso, um beijo ou um abraço!!!!!

Isabel Cabral

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

"Estórias"


As "estórias" do "Era uma vez"....
das
princesas e dos princípes, dos duendes e dos mágicos, das bruxas e das fadas, nem sempre
acabam bem.


Nos nossos tempos de criança teriam sempre um final feliz, mas as "estórias" tornaram-se realidade, e a realidade de hoje é bem diferente da dos livros cor-de-rosa.

As princesas já não são iguais às princesas dos livros de encantar que à noite nos faziam sonhar até adormecer, e alguém com uma mão carinhosa nos passava a mão pela cabeça até adormecermos e voarmos para o mundo da fantasia como nas histórias de Peter Pan.

Mitológicos duendes e mágicos já não existem, em bruxas, não
acredito.

Fadas, ainda existem, na nossa imaginação e até nas nossas mãos, na magia que existe em cada
um de nós, na estrela que brilha dentro de nós, e que transpomos cá para fora de quando em vez.
Pode ser qualquer um, desde que viva em sintonia com o mundo que nos dias de hoje passa à nossa frente, que consiga voar, e chegar com a varinha mágica e ajudar alguém. Chegar a uma nuvem, falar com o vento.

No poema sobre a palavra que escrevi em tempos, referi a força da palavra, e aqui reafirmo essa força.

Mas descobri que existem palavras doentes, palavras sujas como já o tinha dito no tal poema, e essas palavras, precisam ser limpas, para não contaminarem outras palavras, que todos os dias nos bombardeiam por todo o lado.

E se o mar e o céu continuarem azuis.

E se as flores continuarem coloridas e cheirosas com um perfume que me embriague.

E se o vento me sussurrar de mansinho ao ouvido poemas de amor, então voltarei a acreditar nas "estórias" dos princípes e das princesas, nas "estórias" de encantar.

Então continuarei a acreditar no"ERA UMA VEZ"....... nos princípes e nas princesas, nas fadas e nos duendes!!!!

E CONTINUAREI A SONHAR À NOITE COM O PETER PAN , com a sininho e todos os meninos que um dia voaram para o mundo da fantasia, para a Terra do Nunca.


Isabel Cabral

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Solidão

Ai, esta dor de doer e de sentir
a solidão sentida de ninguém,
esta angústia dorida de fugir
sem ter a mão de alguém!

Ai, este verão-inverno, sem calor,
esta lágrima-chuva, sem chorar,
este querer sofrido sem amor,
esta ausência de ter e de beijar!

Ai, este lago estagnado,
sem ondas, sem correntes, sem paixão!

como dói,
como dói
respirar o vazio
da solidão!
Mariano Calado

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O espelho

No espelho da fantasia,
vi um dia a realidade
da vida de uma criança,
neste mundo de crueldade.
Mas como eu queria sorrir
E ver-me nos olhos dessa criança
como de um espelho se tratasse.

Isabel Cabral


domingo, 5 de outubro de 2008

Encontro Real



Ao contrário do que em mim é habitual, hoje vou tentar escrever um texto, sobre o dia de ontem, sem me alongar demasiado.

A imagem destas meninas há muito que me acompanha, nos meus poemas, e num texto ou outro que escrevi.

Elas reflectem na Isabel a sensação de cumplicidades e passam-me essa sensação, essa magia.

Para mim foi o conhecer, e o não conhecer, o passar do virtual ao real, senti-me como que num programa de rádio em que nos pomos a adivinhar se o locutor/a é magro/gordo, bonito/feio,

novo ou velho, e se nalguns acertamos, noutros temos uma percepção completamente errada, da


realidade.

Fisicamente é óbvio que isto pode acontecer, quanto ao resto penso que não me enganei muito, na verdade só conhecia duas pessoas pessoalmente e uma por fotografia.

Foi uma tarde muito bem passada em que falámos de várias coisas , em que se cruzaram conversas, onde toda a gente queria dar a conhecer um pouco de si, mas para primeira vez, acabamos por ficar com a ideia e o conhecimento que no fim já temos dos respectivos blogues.

Não vou falar de ninguém em particular porque acho que o tempo não dá para avaliar em tão pouco ninguém.

Vidas que se cruzaram por esses caminhos fora e que sentiram necessidade de se conhecerem melhor, de partilhar, sem ser através de escritas lidas todos os dias em espaços virtuais.
que não conhecemos, nem sabemos as suas características, mas a partilha deu-se e o cliguéns" ck, penso
Falamos com "alque também.

Agora vou falar um pouco de mim, senti-me um pouco cair de pára-quedas, e para uma pessoa tímida como eu , embora não pareça (pelo menos é o que me diz muita gente), não sei se o que passei para o lado de lá foi aquilo que tento transmitir todos, ou quase todos os dias no que escrevo no blogue.

Tenho que me ambientar e ter alguma confiança já com as pessoas para me expandir um pouco mais.

Se consegui mostrar o espelho daquilo que sou, tanto melhor, se não consegui, pois fiquei com essa sensação, desculpem-me, mas a minha falta de à vontade é habitual quando conheço muitas pessoas ao mesmo tempo, prefiro ir conhecendo gradualmente, é talvez mais fácil porque assimilar muita informação de uma só vez é um pouco complicado, tendo em conta que todas as outras pessoas já se conheciam todas ou quase todas se não estou enganada.
Nem todos nós transmitimos os afectos da mesma forma.
Para mim, uma mão, uma palavra na hora certa é muito importante, por isso eu digo que amo o mundo, não beijo ou abraço um vizinho ou um amigo todos os dias, mas sei, que se a minha mão ou o meu abraço for preciso, na hora certa lá estarei.

E assim acabou o dia, com um sol maravilhoso, com um rio Tejo bem à nossa frente que convidava a uma boa banhoca, uma temperatura excelente (a todos os níveis, tanto climatérica, como pessoal).

Obrigada pelo belo dia que me proporcionaram e que eu espero também ter contribuído para isso.
Quanto às ausências sinto que um dia ainda nos encontraremos todos.
Porque todos fazemos parte deste grande mundo, em que todos cada vez mais temos que dar as mãos.
OBRIGADA
Isabel
"- Amar uma flor de que só há um exemplar em milhões e milhões de estrelas basta para uma pessoa se sentir feliz quando olha para elas"
Antoine de Saint-Exupéry

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Gota de água




Uma gotinha de água segue o seu caminho, cantando ao som de uma bela música.

Uma gota junta-se a outra, e a outra, e forma-se uma grande quantidade, imprescindível" À VIDA."

A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NO MUNDO EM QUE VIVEMOS.

O que seria do mundo sem ela, por isso não a desperdicemos, ela é uma fonte de vida para todos os seres vivos.