O dia se fez noite,
e no escuro, e indiscutível labirinto,
daquela enorme cidade,
tão longe, e tão perto.
Também, como os outros me recolhi.
Como todos também fugi.
Onde está toda a gente?
com que me cruzo,
todos os dias.
Um olhar desviado.
Um olhar medroso.
Ninguém se fala.
Ninguém se vê.
Todos se transportam,
para todo o lado,
numa solidão cinzenta,
em que os olhos parecem
nada ver, nada, nada.
Onde está aquele sorriso,
de que todos precisamos,
de beber, para sobreviver,
Onde está aquela mão,
que nos toca o coração.
Mas que egoistamente
tarda em aparecer.
Isabel Cabral
Novembro 2006
7 comentários:
Tens um presente no meu quarto à tua espera.
Beijinhos e bom fim de semana.
Diz-me para que mail devo mandar a imagem porque eu não consigo encontrar o endereço... Olha que duas que nós somos!
Onde está, minha Querida? Em ti. Em ti, para começar e depois espalha-se. Um sorriso abre mais portas do que qualquer gazua. Beijo. Avó Pirueta
Eu sei avó,o sorriso não o perco,isto é só um poema, que foi escrito talvez num dia mais cinzento quiça.
Não tive muito tempo e foi o que me apareceu, algum dia mais solitário,em que as pessoas teimam
em não olhar umas para as outras
Beijinhos minha avózinha substituta
Fadinha, o mail veio para trás, diz-me se poderes onde foste buscar a imagem é capaz de ser mais fácil.
Cada vez percebo menos destas coisas de puxare de uma lado parao outro.
OS OUTROS PUXEI BEM, MAS DEVE TER
SIDO POR ACASO, SÓ PODE TER SIDO.
BEIJINHOS
Este poema é mto bonito... os sorrisos são aberturas para tb se abrir o coração... e de sorrisos e corações abertos tudo ficaria mais fácil e bonito...
Sempre adorei essa pintuta beijinhos das nuvens
Sao 2.52 da manha. Tendo estado aqui a ler diversos poemas. As palavras sao um alimento precioso.
Tenha uma semana de paz e amor, Isabel, que merece.
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