quarta-feira, 11 de junho de 2008

Nota breve


Contornaram a terra, navegaram para Sul, e ao cair de uma tarde, penetraram sob o arco das gaivotas, na barra estreita de um rio esverdeado e turvo, flutuante de imagens entre as margens

cavadas. À esquerda, subindo a vertente, erguia-se o casario branco, amarelo e vermelho, misturado com os escuros granitos.

Na luz vermelha do poente a cidade parecia carregada de memórias, insondavelmente antiga,

feérica e magnetizada, com todos os vidros das suas janelas cintilando. A animava-a uma veemência indistinta que aqui e além aflorava em ecos, rumores, perpassar de vultos, gritos longínquos e perdidos, reflexo de luzes sobre o rio.
Sophia de Mello - Histórias da Terra e do Mar

8 comentários:

Avó Pirueta disse...

Minha Querida, após a Festa do Reencontro, voltaste para nós com Sophia. Conheci-a relativamente bem, como pessoa. E julgo que esta cidade é o meu Porto. Ou não? Porque, apesar da famosa frase de Herculano "Lisboa, cidade de mármore e de granito...", o granito é lá para cima.
Muito belo.
Já mandei os parabéns ao Pai. Mas os melhores foram os que lhe mandei ontem, telepaticamente...
Um beijo da Avó Pirueta

BC disse...

Olá avó!

"O mundo da infãncia foi assim, para Sophia, além do Porto e da Granja....".
Também a conheci pessoalmente através do meu pai e de amigos da poesia há alguns anos atrás.
Outra apaixonada pelo mar, pelas gaivotas.
"Uma mistura de Norte e Sul"
"Atlântico e Medierrãneo"
Assim era a Sophia!!!
Penso que entrei com um bocadinho de
alguém que também eu admirava e admiro como escritora.
Beijinhos
AH! E VIVA PORTUGAL, GANHÁMOS O JOGO!!!!

BEIJINHOS E SORRISOS
Isabel

Anónimo disse...

Querida Isabel:
Aqui, os parabéns vao para ti, por teres um pai como o teu.
Desejo a ambos todas as felicidades do mundo.

Hoje temos um poema da Sophia.
Ela era da minha terra - para mim é o Porto a minha terra, eu mal conheco Lamego - a poesia dela é maravilhosa e quando tenho saudades
do nosso Portugal, leio os poemas dela.

MIL VIVAS A PORTUGAL!
VAMOS SER OS CAMPEOES DO EM 2008!

Bj*********************************

PS: Hoje tenho no meu blogue um poema duma menina de 17 anos. Gostava da sua opiniao-

Fátima André disse...

Querida Isabel, obrigada pela Sophia e obrigada pelas lindas gaivotas. Fez-me lembrar a minha última visita de estudo a Peniche. Elas quase roubavam a comida das mãos dos miúdos. Já sabe como eles são, adoram os bichinhos e com eles partilham tudo o que têm... belas recordações. Cheira-me a mar e ouço o canto das gaivotas... é fantástico. Obrigada pelo presente. Já me passou o mau feitio ;)

f@ disse...

Horizonte sem limites, tudo o que escrevia... então sobre o mar...tanta docura quanto o sal que ele encerra... beijinhos das nuvens com asas das gaivitas

BC disse...

Peniche cheira mesmo a mar!!!
E GAIVOTAS NEM SE FALA,são às centenas, é difícil ver noutros sítios gaivotas como lá e depois tem as Berlengas.
A linda ilha das Berlengas da minha meninice!!!

Viviana disse...

Olá Isabel,

Tambem eu amo os poemas da Sophia.

E tinha por ela uma simpatia muito especial.

Fique bem

um abraço

viviana

Fátima André disse...

Nunca fui às Berlengas. Mas gostava muito de ir. Talvez um dia destes.